sábado, 12 de setembro de 2009

"Repúdio à Mediocridade Humana", por Riverman

O que leva um ser humano a ser preconceituoso? Como um cidadão, mortal e passível de erros, age de maneira excludente para com seu próximo? Como uma pessoa consegue dormir em paz com sua consciência, crendo ser melhor que um semelhante que tem as mesmas necessidades que ela? Como um imbecil consegue achar que uma certa etnia - já que raça, para mim, é um termo totalmente retrógrado e anacrônico pros nossos dias quando nos referimos às diferentes cores de pele- seja superior às outras? Como um patético ignóbil tem a coragem de pensar que sua opção sexual o torna melhor que outro indivíduo de características também humanóides, que optou apenas em gostar de pessoas que possuem o mesmo sexo que o seu?
Só consigo abordar esse texto a partir dessas perguntas. É totalmente degradante e me falta, sinceramente, vontade de pertencer à mesma raça humana de um acefalado que pronuncia tais asneiras. É revoltante quando um néscio desse, em pleno século XXI, externa seus pensamentos - se essa for mesmo a palavra mais adequada para as crenças que esse tipo de gente se esforça em nutrir como resultado de seu trabalho cerebral - e, em muitos casos, tenta agir contra cidadãos de bem que não se encaixam no que eles acreditam como "moral e decente". Me faz mal como um estudante, ainda jovem e que tenta fazer desse um mundo melhor - ou menos pior, no mínimo -, compartilhar espaços geográficos com azêmolas que proferem comentários dignos de total desprezo.
Acho que por hoje é só. Diante de tais horrores, prefiro até me pronunciar laconicamente para não sentir náuseas. O homem parece caminhar a passos largos - ao contrário dos momentos tenebrosos já vividos principalmente pela cultura ocidental - como provam as medidas liberais tomadas em várias partes do planeta, especialmente na Europa, facilitando a - já dura - vida das minorias e excluídos. Que a cabeça passe a ser utilizada como prevê a sua função natural: pensar; e que ela deixe apenas de ter intuitos estéticos como, por exemplo, a utilização de chapéus.

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