sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Por que nosso Deng?, por Riverman

Na coluna de O Estado de São Paulo de Carlos Alberto Sardenberg de 19 de Dezembro, Lula é tido como nosso Mao-Tsé Tung, em referência ao ditador chinês que virou lenda como um grande líder, mesmo ao levar multidões de compatriotas à fome e à miséria, enquanto Fernando Henrique, seu antecessor no cargo Executivo, como Deng Xiaoping, o criador do sistema socialista de mercado, que, mesmo à sombra do primeiro líder vermelho daquele país, deu as bases para que a China se tornasse, hoje em dia, uma potência florescente da economia mundial.

Tudo bem que Lula tem seus deméritos. Não concordo também com sua política abrangente demais no assistencialismo e carente em reformas fiscais, algo que se traduz numa hipócrita intencionalidade de que o presidente fez uma política baseada no apoio às classes média e baixa. Mas dizer que Fernando Henrique Cardoso, através do seu governo privatizador, tornou possível um país que hoje em dia consome mais é uma falácia.

O único ponto positivo de sua administração foi ter conseguido controlar uma política inflacionária quase crônica nos seus 3 primeiros anos - a inicial manutenção artificial de paridade do dólar com o real também gerou reveses à economia nacional, mas era uma medida necessária. De resto, me parece desculpa esfarrapada dizer que ao executar uma política mais aberta ao capital privado não só nacional, mas também estrangeiro, o sociólogo tenha promovido o alicerçamento de uma situação atualmente mais favorável.

Enfim, defender as políticas econômicas peessedebistas parece incoerente num país onde o patrimônio público foi corroído em troca de míseros milhões e bilhões de dólares, e tudo isso em favor do capital estrangeiro. Logicamente que o PT também ficou aquém do que o povo brasileiro esperava, mas nosso ápice consumista, onde todas as classes aumentaram seu poder de consumo, foi alcançado graças a medidas menos ortodoxas do governo lulista, que, como eu já disse, apesar de decepções na área das reduções de impostos, proporcionou mais acessos a produtos antes nunca imaginados a determinadas camadas sociais.

Ou seja, o PT, mesmo que minimamente, recuperou sim o nosso setor econômico, inclusive a moeda, reiterando aí o mérito da social-democracia de ter criado e mantido por alguns anos uma moeda que se coloca longe daqueles ateradores índices inflacionários, que batia na casa dos 4 dólares ao final do governo tucano. Se a intenção de chamar Cardoso de nosso Deng foi por questões desenvolvimentistas, me desculpe, mas, com isso, não devo concordar...

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

"Tem importância sim", por Riverman

Para muitos, Noam Chomsky, o gênio da lingüística que revolucionou sua área ao estudara gramática generativa transformacional, tem apenas um quê de conspirador quando passou a publicar obras relacionadas à política: escritos infanto-juvenis, que, segundo seus críticos, são editados apenas para atender um segmento mais interessado em romances do que em obras de caráter científico ou melhor apuradas em seu conteúdo.

Apesar desse rótulo, o escritor norte-americano, para mim, é um dos críticos mais lúcidos dos empreendimentos, principalmente os da área das relações externas, de seu próprio país. Suas obras realmente soam como algo hecatômbico, a partir de seus títulos: O lucro ou as pessoas? e 11 de Setembro são nomenclaturas que realmente fazem o leitor ter uma reflexão inicial de que o livro tem o intuito de ser mais bombástico do que sério.

Porém, em suas páginas, Chomsky mostra que não está para brincadeira: através de apurações principalmente em veículos de imprensa, demonstra a verdadeira face dos EUA, a de um país que faz tudo para se manter no topo em detrimento de quem o desafia. Logicamente que grande parte dessas intenções permanece obscura, mas em seus escritos o lingüista demonstra que no próprio jornalismo de massa, através de declarações que às vezes soam como instrumentos políticos, os líderes do Tio Sam já são capazes de nos abastecer de aperitivos dos seus desejos hegemônicos.

Como um exemplo dessa dialética discursiva basta citarmos o terrorismo: enquanto que os atentados já causados por grupos fundamentalistas islâmicos são tratados sob este rótulo, as ações lideradas pelos norte-americanos, principalmente na América Latina, onde suas intervenções causavam milhares de mortes, são tidas como formas de combate à selvageria e à impunidade e de implantação da democracia. Mas que democracia é essa que, ao invés de levar a paz aos habitantes, injeta uma carnificina em determinada sociedade?

Claro que através de ensaios, Chomsky deixa suas publicações com uma linguagem mais leve, que atraia mais facilmente leitores leigos, ao contrário de alguns maçantes textos acadêmicos, que visam a se perpetuar em meios freqüentados por professores, estudantes e intelectuais. Mas dizer que estes escritos são meramente leituras românticas e conspiratórias é absurdo perto do conteúdo das obras chomskianas. Aliás, até os rótulos, como marxismo, freudianismo, são rechaçados pelo autor, que claramente deu e ainda dá a sua contribuição, não só ao mundo lingüístico, mas também ao político.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

"Circo eleitoral brasileiro", por Riverman

Meus caros, não só o ilustre Tiririca foi figura de fundamental importância nestas eleições, que devem entrar para a História como as que tiveram o maior número de candidatos espalhafatosos, ao menos em âmbito federal. Mulher Pêra, Maguila, Ronaldo Ésper, entre outros, deram também seus shows nos horários eleitorais e ganharam mais 15 minutos de fama.

Porém, quem melhor ganhou o seu quarto, aliás, palavra bastante pertinente à sujeita, de hora de reconhecimento, e para mim a maior personagem dos momentos pré-pleito, outro verbete perigoso se considerarmos a pessoa em destaque e se esquecermos da frágil letra l, foi a atriz pornô Cameron Brasil.

Sósia tupiniquim da atriz estadunidense Cameron Díaz, daí seu nome artístico, sua propaganda tinha alta conotação sexual: além do lema “vote com prazer” e do número representado pela seqüência 1969, com os dois últimos algarismos sendo proferidos com bastante sensualidade pela pornógrafa, em um dos seus reclames Cameron é exibida trajando meia-calça e lingerie numa lascívia política, ao menos tornada pública, nunca antes vista na História deste país, só para quase parafrasear nosso ainda, ou já não mais, presidente Lula.

Enfim, pela primeira vez a tragicomédia esteve completa, já que vimos tudo de pavoroso e, ao mesmo tempo, risível nas chamadas eleitorais brasileiras de 2010: palhaços, funkeiras, ex-pugilistas que mugem ao invés de falar - e é aí usual o “ao invés de”, pois o verdadeiro contrário de “falar” não é “se calar”, mas sim tentar se expressar como um ruminante.

Depois desse show de horrores continuo com a mesma certeza: na visão de Brasília os palhaços e funkeiros continuamos sendo nós, dos quais eles riem e os quais fazem dançar o ano todo, independentemente de eleições. E como conclusão digo: tenha paciência, já que o espetáculo para 2014 promete ainda mais. E ganha um doce quem acertar a novidade.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

"Fato social - e comercial", por Riverman

Para Émile Durkheim, sociólogo francês, o fato social é a base do estudo sociológico. Para quem desconhece os escritos durkheimianos, o autor da obra Regras do método sociológico, de 1895, explica através desse livro a existência de uma unidade alheia ao próprio cidadão, e anterior, inclusive, ao seu nascimento, que não são nada mais nada menos que, como diz o título de seu trabalho, regras. Para ser aceito em tal círculo social, o indivíduo tem que agir sob determinadas leis previamente convencionadas, caso contrário passa a ser mal visto pelos pertencentes a tal convívio.

Observamos ao analisar a sociedade atual que o objeto de estudo do intelectual francês permanece de pé. Porém, com uma diferença: assim como explica outro sociólogo, desta vez o polonês Zygmunt Bauman, vivemos em uma sociedade baseada na liquidez das relações. Inclusive, me aprofundei no estudo do último em um recente artigo aqui neste mesmo blog. Basicamente, Bauman, ao propor uma sociedade baseada num dinamismo maior no trato interpessoal, onde não há uma identificação mais alicerçada, principalmente na questão midiática, com o ser humano consumindo e comprando aquilo que o marketing propõe e pelo tempo que ela propuser, abarca justamente a questão da alienação do indivíduo contemporâneo.

Ao lincar ambos os estudos, chego à seguinte conclusão: enquanto, em fins do século XIX, Durkheim levava em consideração fatores vernáculos na formação desse fato social, como a língua, o país e a economia, que seriam unidades fundamentais na aceitação ou não de um indíviduo num círculo, Bauman, atualmente, propõe como cerne dessa questão uma fundamentação comercial, baseada no que é anunciado pelos meios de comunicação, com o cidadão se aliando, mesmo que temporariamente, a outros que concomitantemente consomem as mesmas coisas que o mercado mantém como "menina dos olhos".

Não que esses ideias de unificação nacional não existam na atualidade: a Copa do Mundo é uma prova disso, quando pessoas que mal acompanham futebol em dias normais se unem na frente de televisões e acompanham freneticamente suas respectivas seleções. Mas, ao compararmos a funcionabilidade de um em comparação a outro, o patriotismo claramente perdeu espaço. E não estou sustentando que o nacionalismo seja algo positivo; os governos fascista, nazista e outros com fundo totalitário nasceram a partir da germinação dessas ideias de Estado protetor do indivíduo.

Creio que se tivesse escrevido sua obra nos dias atuais, Durkheim teria provavelmente alertado ao problema nas suas páginas subsequentes. O que discuto, aqui, na realidade, é que mesmo sendo algo que tem poucos benefícios, ou nenhum, melhor dizendo, a questão vernacular ainda tem uma construção crítica, quando ela não é artificialmente criada, baseada em mitos heróicos na formação de tal sociedade. Ou seja, descreve aquilo que para muitos é a definição de patriotismo: aquilo que dá auto-determinação a determinada sociedade.

Agora a questão comercial é até inútil comentar mais sobre; quem lê meus artigos, já deve estar cansado como abordo o problema das Hóri, Restart e Cine do momento. Além do que, para se formar consumidores, e não cidadãos, é necessário um relaxamento intelectual, que forma uma extensa sociedade de pessoas acríticas e emburrecidas.

Ou seja, observe bem para onde estão te levando. Espero ter deixado bem claro que não defendo o patriotismo, apenas o utlizei como exemplo para definir a consciência crítica que necessariamente os cidadãos pertencentes a esse sistema, e claro, aqueles que são seus correligionários, devem possuir ao dissertar a cerca do por quê da existência do Estado. E o que temos vivido é algo bem longe de crítico...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Escolhas...

De que adianta? correr atraz do que não volta mais? se insistir desse certo.....
certamente não sou um homem que batalha intensamente por tudo o que quer, muitas vezes tenho medo... muitas vezes há escolhas no caminho, decisões que as vezes são tomadas sem pensar, e outras pensando muito, mas em sua maioria, as sem pensar, algumas, dão certo, e as que voce mais se da ao luxo de pensar mto sobre, dão errado.
Como? como voce pode seguir um caminho desconhecido, querendo agir justamente, sendo que não tenho a mínima noção do "ser justo" , como lutar com honra ate suas ultimas forças, se...o medo lhe corrompe, se vc sofre perdas e sua moral de baixa vai a nula? Acredito em Deus e deixo tudo em suas mãos, pois nunca confie em um homem ou mulher, pois a carne e a alma dessas são podres por dentro e por fora, e por mais bondosa a alma, uma hora cedo ou tarde falhamos, por isso, encarecido amigo...Tome uma lição que aprendi ao longo da minha vida (por mais breve que tenha sido ate este momento), não se atormente por bobagens, não fique nervoso por poucas coisas, nem abatido, o mund tem problemas tão grandes e infindáveis algumas pessoas passando por seus piores pesadelos perdendo familia na guerra presenciando o ocorrido, e vc apenas nervoso porque um colega de trabalho lhe proferiu "palavras", voce ja pensou em depois de ele terminar de falar, apenas encara-lo com um leve sorriso?, voce pode ser superior a tudo isso, poucas pessoas realmente conhecem o terror e com o que realmente focar seu ódio, coisas pequenas nem merecem sua atenção, voce terminou com sua namorada? sinta saudades, lembre dos bons momentos levante a cabeça e siga em frente, tristeza, eh um sentimento muito forte, pra ser gasto com pouca coisa...vc esta triste pq perdeu o "amor"? defina AMOR por favor... sexo e coisas que os dois gostavam?a não ser que tenham vivido mais de 10 anos juntos e ela tenha partido pro alem, vc não perdeu seu amor, um dos dois apenas fez uma escolha, talvez certa, talvez se arrependa, quem sabe?
Amor, com sinceridade... é quando as duas pessoas realmente se querem a ponto de esquecer alguma outra escolha que separe os dois, mas não se iluda, a partir do ponto que uma dessas pessoas resolve trair, o amor acaba, seja sabio e saiba se retirar, mesmo com o coração partido, pois foi a "escolha" daquela pessoa, e se há traição é porque voce não é mais o suficiente pra ela, e se é assim, que ela escolha outras pessoas, voce não vai morrer por isso, e se morrer, sinto muito mas está no mundo errado, ngm aqui tem pena de ninguem e com certeza o mundo não gira em torno de voce, saiba que mesmo existindo pessoas que te amem voce ainda esta sozinho, pq ngm compartilha sua alma e nem seu coração, só há 1 pra cada pessoa, então preserve o que é seu, levante sua cabeça com honra, encha seu coração de coragem e continue seguindo em frente pois sua vida esta começando e ainda resta muitas escolhas para serem tomadas, não seja frio amigo, torne-se uma pessoa serena, sabia e observadora, observe seus erros e os das pessoas a sua volta, aprenda com isso, o que eu quero dizer é... Que apesar de todos os pequenos problemas e da solidão que nos toma, temos que perseverar e derruba-los como se fossem seus mais severos inimigos, junte seus amigos faça uma boa viajem, se distraia com as pequenas coisas como um por do sol ou em como fica marilhosa a luz da lua contornando uma arvore como se fosse uma aura e no centro dela continue cheio de sombras, é assim que as vezes me sinto, mas se vc olhar por debaixo dela, vai ver que a luz penetra entre os galhos o que te faz pensar que o q vc avistava de longe era apenas superficial...

apenas pensamentos...
-=JNR=-

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A ambição dos bons ouvintes

Qual será a maior ambição dos ouvintes da boa música?
O que será que pode ser definido como boa música?
Como escapar do midiático?

Essas são perguntas frequentes para aqueles que apreciam a boa música, e que se vêem
num "mato sem cachorro" (com o perdão do trocadilho) face ao cenário musical atual.
A maior prova de que a música está primando cada vez mais pela imagem e menos pelo som,
é o fato de que os amantes da modernidade execram a música tradicional...o bom samba, o bom jazz, blues, clássico, rock, progressivo, metal, hard rock ou o que seja.
Existe um processo, claramente visível nas camadas mais jovens, de escárnio geral contra os adolescentes e crianças que tem gosto musical diferente de "Pixote", "Rebolation", "Justin Bieber" e "Fiuk", adolescentes esses que são chamados de caretas, chatos e loucos, por seus gostos diferentes.
Mas o que será que causa essa embolia de conceitos errados?
Será que os nascidos na nova geração estão com caso crônico de decréscimo de inteligêngia e capacidade crítica?
Não, caro leitor, é claro que não...
A culpa, mais uma vez, é da mídia...ah, a mídia
A mídia que coroou nosso mundo com feitos brilhantes como a eleição do Collor, por exemplo, a mesma mídia que distraiu a cabeça do povo durante a COPA do Mundo de 1970.
Sim, a mídia, que dita, subliminarmente, tudo o que você deve gostar e consumir, que se utiliza da imagem de personalidades supostamente "acima de qualquer suspeita" para promover a venda de produtos que tem por único objetivo, fazer o dinheiro continuar circulando entre eles próprios, executivos das emissoras de tv e radiodifusão, além de produtores e empresários de bandinhas comerciais.

Tudo gira em torno do dinheiro, e quase sempre girou, mas a música e vitima recente
desse tsunami de ganância e desinteligência, o que desanima muitos ouvintes da música de qualidade.

Então, caro leitor, antes de classificar uma atração musical como "boa" ou "ruim", preste ateção nos motivos da sua escolha, não levando nunca em conta a quantidade de vezes que determinado grupo aparece na tv, ou no rádio, ou mesmo se os shows são lotados ou hiperlotados, pois, como é de conhecimento popular, "quantidade" e "qualidade" são quase que instintivamente discrepantes.

Aqui é MadMax
Abraço!

domingo, 25 de julho de 2010

"Temos pelo menos 3 Ellis Park", por Riverman

O período de disputa da Copa do Mundo de 2010 também serviu de discussão para o evento de 2014. O Morumbi, estádio do São Paulo Futebol Clube, não servirá mais como palco para o Mundial do Brasil, segundo a FIFA, entidade máxima do esporte mais popular do planeta. Entretanto, os governos municipal e estadual de São Paulo têm mantido uma postura de não construir um novo estádio em solo paulista, ficando, por enquanto, a maior cidade do país sem uma sede para o evento futebolístico mais importante do mundo. Apesar de peessedebistas, e ter ressalvas especiais ante o partido, ambas esferas adminstrativas envolvidas na questão estão certas na decisão.

Mas ao analisarmos o estádio que já observou in loco duas conquistas da Libertadores, vemos que ele não deixa nada a desejar a muitos estádios localizados em países de primeiro escalão do futebol; inclusive o Ellis Park, estádio recentemente utlizado na Copa da África, tem estruturas bastante parelhas. Concordo que o brasileiro tem defeitos gravíssimos, como pontos cegos, mas no assunto estrutura e acesso, partindo da premissa que o poder público construa estações de metrô e crie linhas extras de ônibus para o Mundial, ele fica no mesmo nível de outras arenas espalhadas pelo mundo. Claro que, mesmo como são-paulino, devo assumir que ele já não é um estádio moderno, foi construído na década de 60, mas ainda dá um bom caldo. Ainda mais quando comparado a campos utilizados no último evento FIFA. E não só a propriedade do Tricolor Paulista é no Brasil próxima a muitos africanos onde as maiores estrelas do mundo do futebol pisaram há um mês.

O Maracanã, até mais antigo que o estádio do São Paulo, no Rio de Janeiro, e a Arena da Baixada, em Curitiba, são exemplos em melhor situação. O primeiro, vedete da Copa de 1950, possui visão e campo amplos. É de fácil acesso, pois encontra-se em local estratégico do Rio de Janeiro, e recentemente passou por reformas para o Pan-Americano realizado em 2007 na cidade. Apesar de já não ser mais o mesmo, tem ainda muito brilho e charme. O segundo, porém, está no lado oposto. Estádio totalmente moderno, finalizado ainda na primeira década do milênio, conta com shoppings e modernas istalações, desde os banheiros até as cabines de transmissão. Só de contar com ele, uma estrutura já existente, o Paraná já dá um passo à frente na organização. Isso sem falar no Engenhão, entregue em 2007 para o Pan mas que está fora da lista de praças para o Mundial, tido como o mais atualizado da América Latina, que ganharia fácil do Ellis Park, e em todos os quesitos.

Claro que excetuando o Soccer City, palco da final e construído exclusivamente para a competição internacional, que deve se tornar um "elefante branco" daqui para frente, todos os outros estádios sulafricanos estão basicamente no nível dos nossos, pois os primeiros, antes da Copa, contavam com estruturas bastante parecidas, e nenhum milagre foi feito para estruturá-los.

Espero que a decisão paulista tenha sido definitiva. A prova de que um Mundial pode ser organizado sem novos estádios é a própria África do Sul. Não há necessidade de se tirar divisas dos cofres públicos para a construção, pois, além de desnecessária, eventos esportivos em território brasileiro costumam ter as despezas exponencialmente crescentes, algo que orçamentos para 2014 já começam a dar sinais de ocorrência.

A FIFA que aceite o Morumbi ou a iniciativa privada que construa um. E se ele seguir não servindo que São Paulo não tenha sede. Quem sairá perdendo não é o Estado nem a cidade, e sim o evento, que carecará do município onde floresceu o esporte no país e onde foi disputado o primeiro campeonato oficial em solo tupiniquim, em 1896. Aliás, São Paulo só por isso não deveria sediar a estreia, mas sim a final. Enfim, como depositar confiança numa entidade que cancela um Mundial de clubes a dois meses antes do seu início? Paciência...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

"De Di Ferrero a Fiuk: a liquidez social", por Riverman

Quem aqui ouviu a palavra ou viu algum emo nos últimos tempos? Poucos, pois o movimento se arrefeceu pelo menos nos últimos 2 anos e deu lugar a uma nova modinha – o happy rock, como os membros da nova onda musical gostam de chama-la. O mais engraçado disso tudo é: o que aconteceu com os tão numerosos “choradeiros”, que infestavam nossas ruas com sua tristeza quase crônica? Morreram junto com o movimento? Foram morar no fundo do Oceano Atlântico?

Infelizmente não. A nossa sociedade líquida – termo utilizado pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman – transformou adeptos de certos movimentos facilmente em correligionários de outros. Aqueles mesmos tristonhos, fãs de Di Ferrero, vocalista do NXZero, que se vestiam totalmente de preto e usavam aquelas franjas lambidas na testa são, em grande maioria, os novos “coloridinhos”, admiradores de Fiuk, vocalista da banda Hori e também conhecido como filho do cantor Fábio Júnior, que usam calças laranjas, óculos roxos e camisetas verde-limão. E muitos se perguntam: mas se os emos eram conhecidos pela sua tristeza quase mórbida como eles se “transformaram” em algo totalmente oposto, que tem como composições mais populares idas a baladas ou a shoppings centers?

Aí é que justamente mora o problema. Não há uma identificação plena entre os membros dos movimentos “modinha". Ou seja, as pessoas passam a seguir o que manda a “tendência”: o que está em voga na maioria, outros resolvem “embarcar no bonde” e se apegam àquilo quase que de maneira doentia, apesar da brevidade. A pergunta que para no ar é justamente onde fica a personalidade do ser humano. Há preferência em fazer parte de algo aceito momentaneamente pela maioria, mas em detrimento daquilo que pessoa realmente gosta. Isso se essas pessoas que seguem essas frugalidades têm tanta complexidade intelectual para realmente gostar "de algo".

Aliás, no nosso mundo a liquidez não pertence apenas a esse campo: a fama, então artigo de talentosas pessoas públicas, se tornou breve e passageira com os realities shows da vida. Muitos saem da “casa mais vigiada do Brasil”, como Pedro Bial se refere ao BBB, extremamente badalados. Por dois ou três meses. Depois, o ostracismo resolve mostrar sua verdadeira face, e os holofotes passam o bastão para os integrantes da próxima edição.

Enfim, não podemos nos prender a rótulos. A sociedade combate a todo o tempo quem não se adequa às “modinhas”, que nada mais são que maneiras de exploração comercial – só, como exemplo, veja quantos acessos a vídeos no YouTube possui a banda Cine, novo fenômeno, só quantitativamente, fonográfico do Brasil. Quem não embarca é chamado de antiquado. Mas se preocupe em ser você mesmo. Muitos se esquecem de que vivemos num mundo sólido. Seguir esses sucessos passageiros é que “tá por fora”.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

"Vivendo vivendo", por Riverman

Viver sem prazer, anestesiado pela frieza do Homem. Para muitas pessoas essa afirmação é algo compeltamente inconcebível e absurdo. Estes pregam que estar no mundo é bom. Que dormir e, no dia seguinte, acordar é uma coisa legal. Só farei algumas perguntas aos adeptos dessa política:

Onde é correto estar num planeta no qual as relações são basicamente pautadas pelo dinheiro - muitos quando dizem que não se valem da hipocrisia? Onde é bacana perambular em terras onde poucos detêm muito, e muitos detêm pouco? Onde é excitante estar de pé em lugares onde as pessoas te dão tapas, socos e pontapés diariamente, e você é obrigado a engolir?

Que razão, próximo de completar 21 anos, tenho de comemorar e assoprar mais uma vela? Como é possível ter vontade de continuar lutando tendo, no coração, uma baixa auto-estima e uma desilusão reinantes? No que vou me apegar se mal tenho vontade de sair às ruas e encarar meus congêneres?

Espero, ou melhor, não espero, pois é impossível que estas perguntas sejam respondidas pelos amantes da vida. Pelas pessoas, assim como eu já fui, que conseguem acreditar no bem e no amor do próximo, que foram assassinados pelo dinheiro e pelo poder. Espero não ter parecido um defensor da morte, mas o que me incomoda é sermos tão tolos em relação à vida. Ela parece ser legal apenas para um tipo de pessoas: os sádicos. Mas como, ainda bem, não me tornei um, a vida tem parecido bem diferente pra mim...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

"Desfuncionalidade verde-e-amarela", por Riverman

Hoje tivemos mais uma partida de Copa do Mundo. E hoje tivemos Brasil em campo. Na última partida válida pelo grupo G do Mundial da África do Sul, o time canarinho enfrentou Portugal. O 0 a 0 morno refletiu o desinteresse de ambas as equipes, já que a igualdade classificava os dois times.

Enfim, a minha intenção não é de escrever sobre o desempenho futebolístico da pentacampeã mundial de futebol nos gramados do continente negro. Quero falar, na verdade, sobre o marasmo com o qual o país funciona quando nossos futebolistas adentram o gramado de alguma outra nação de 4 em 4 anos, apesar da Copa ser para muitos especialistas um estimulante para nossos setores econômicos quando o Brasil joga e vence, pois os trabalhadores encaram a jornada de trabalho com mais entusiasmo e, com isso, produzem mais.

Porém, o que vi e o que sempre vejo difere da visão desses economistas. O verde-e-amarelo toma conta das cidades, e a desfuncionalidade se torna padrão. Até hoje, uma sexta-feira, as ruas, poucos minutos antes da partida, estavam desertas, em mais um dia - que deveria ser - comercial. Os bancos, por exemplo, interromperam seus expedientes, e a universidade na qual eu estudo também não funcionou até às 14h, com os alunos do período diurno ficando, obviamente, sem aulas. Sem querer contradizê-los, acho que as partidas do Brasil em Copas não são um catalizador da economia, mas o contrário.

Sem falar no patriotismo quase que exclusivo do brasileiro nas competições esportivas, especialmente no futebol. O verde-e-amarelo só se torna padrão na hora de torcer e incentivar os atletas, mas nunca nos grandes movimentos e lutas que quase inexistem no país. Bater no peito e dizer "Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor" é uma atitude latente nos momentos mais cômodos do Brasil, com o esporte exercendo uma dessas funções.

A prova maior desse descaso com a política em momentos de grande furor atlético é a do recente reajuste no salário dos deputados em 28%. Ah, tá, é verdade... poucos sabem porque as televisões permanecem ligadas somente nas notícias provenientes da África do Sul. Ou seja, são os nossos congressistas mostrando seu "amor à pátria", se valendo da verdadeira desatenção do povo tupiniquim ao noticiário político, que, apesar de estar maior, não é exclusivo desses dias.

Vai parecer paradoxal, mas em nenhum momento critico a existência da Copa do Mundo. Sou e assumo ser um aficcionado por futebol e sempre lamento perder jogos do Mundial, quando necessito ir à aula ou tenho de fazer outra atividade quando há transmissão de qualquer partida. O que discuto aqui é a alienação e a pane pelas quais passa o brasileiro nesse mês mais agitado do ano - certamente mais do que as Eleições -, que só provam que o país sempre teve interferências em seu, ao menos suposto, desenvolvimento. Termino com palavras que já usei num antigo post: ainda temos políticos "bem-intencionados" para nos ajudar...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

ASNEIRICES

ONTEM ANDEI...
PEGUEI UMA CARONA COM UM COLEGA NA SAIDA DA FACULDADE E APROVEITEI PRA ANDAR BOA PARTE DO TRAJETO ATE MINHA CASA.
ENQUANTO ISSO PENSAVA... NOS FATOS OCORRIDOS NO MESMO DIA, MAIS CEDO:
CHEGO CEDO NA AULA, A VIAGEM DE PRAIA GRANDE A SANTOS DURA MENOS QUE O ESPERADO QUASE SEMPRE...PARABENS AO SISTEMA DE ONIBUS DA BAIXADA, QUE APESAR DE NAO VARIAR OS PEDINTES LENDARIOS, ATE QUE E RAPIDINHO.
FATO É: CHEGO CEDO POIS GOSTO DE SENTAR NAS PRIMEIRAS CARTEIRAS, E ACABO SEMPRE MONTANDO MEU HQ NA MESMA LOCALIDADE DA SALA.
DEIXEI MINHA BAGAGEM NO MEU JA LENDARIO LUGAR E FUI PASSEAR NAS OUTRAS CARTEIRAS, PARA CUMPRIMENTAR OS COLEGAS. UM REBOLIÇO JA COSTUEIRO SE FORMA NAS IMEDIAÇOES, A HORA DO RUSH COMEÇA E AS CARTEIRAS COMEÇAM A SER RAPIDAMENTE OCUPADAS, FICO ATENTO PARA, SE NECESSÁRIO, CEDER RAPIDAMENTE A CARTEIRA QUE ESTOU PROVISORIAMENTE OCUPANDO.
MEANWHILE, UM RAPAZ SENTA AO LADO DO MEU QG, DO OUTRO LADO DA SALA...
LOGO EM SEGUIDA
TODAS AS CARTEIRAS AO REDOR DO QG SAO OCUPADAS...
E EIS QUE SURGE A DEUSA DA SALA, UM SER ABSURDAMENTE CONCORDANTE COM OS PADROES DE BELEZA DA ATUALIDADE E COM OS PADROES DE INTELIGENCIA DO SER FEMININO DE 80 ANOS ATRAS. ELA DESEJA SENTAR AO LADO DO JA MENCIONADO RAPAZ...
MINHA MOCHILA ESTA LA...
O RAPAZ ME PROCURA E PEDE PRA EU TROCAR DE LUGAR...
E FATO QUE OS DOIS SAO COMPROMETIDOS COM TERCEIROS, POIS O BRILHO DE SUAS COLOSSAIS ALIANÇAS DE PRATA NAO ME DEIXAM MENTIR.
E FATO QUE QUANDO ESTE QUE VOS FALA SOLTA A FRASE
"SE VOCE QUER SENTAR DO LADO DELA, FALE COM ELA, EU DAQUI NAO SAIO"
O RAPAZ E A MOÇA FICAM COM OS SORRISOS AMARELOS, COMO QUE TENTANDO OFUSCAR O BRILHO LETAL DO AÇO CORTANTE DA MINHA AFIRMAÇAO PERANTE A CLASSE ATENTA;
LOGO APOS, O RAPAZ E A MOÇA PASSAM A TRATAR COM DISTINTA CONSIDERAÇAO ESTE QUE VOS FALA...CAUSANDO DESENTENDIMENTO...
NA HORA DO INTERVALO, O RAPAZ NOVAMENTE ME PROCURA E PEDE QUE EU NAO FAÇA ESSE TIPO DE COMENTARIO NOVAMENTE PARA QUE NENHUM DOS CONJUGES DOS DOIS FIQUE SABENDO...
ENFIM, O QUE ME DEIXA PUTO, DEIXANDO A FORMALIDADE DE LADO, NAO E O FATO DA PUTARIA E FALTA DE LEALDADE TOMAREM CONTA DO POVO, NA REAL, O QUE ME DEIXA PUTO E O FATO DESSE POVO PARTIR DO PRINCIPIO QUE EU ME IMPORTO COM A VIDA SEXUAL ALHEIA, OU QUE EU VA ME DAR AO TRABALHO DE IR CONTAR PROS NAMORADOS E NAMORADAS AS TRAIRAGENS QUE ANDAM COMETENDO.
ISSO ME ENTRISTECE SERIAMENTE, POIS MEU OBJETIVO MAIOR AO AGIR DO JEITO QUE AJO E DEIXAR BEM CLARO QUE A VIDA ALHEIA NAO ME IMPORTA NEM UM POUCO...ENFIM.
EU ME GARANTO...
DOS 200 SO SE FORMARAO 12
EU ESTAREI ENTRE ELES
E, DE PREFERENCIA, OUVINDO EMERSON LAKE AND PALMER
DANE-SE O RESTO
ABRAÇOS!

terça-feira, 11 de maio de 2010

"A bolha europeia – e o boom grego", por Riverman

Abril de 2010. A Grécia, uma das economias mias frágeis da União Europeia, decreta uma moratória e pode praticamente arrastar o mercado econômico do continente à bancarrota, já que países como Alemanha, só a terceira maior economia do planeta, possuem papéis ativos em ações de bancos helênicos.

Resultado ainda bem vívido da recessão americana de 2008, a crise no Velho Continente parece mais grave do que parece. Além do problema alemão, países como Portugal e Irlanda, em breve, também correm risco de não conseguirem assumir com seus compromissos internacionais, já que devem mais do que arrecadam, e podem seguir a cartilha grega.

Esse é só um exemplo de como a especulação pode atingir até mercados tidos como seguros, como o europeu. Dona de uma moeda fortíssima e de linhas de crédito altamente confiáveis, a UE, no início e apesar das fortes exigências para se ingressar no grupo, parece ter sido sustentada pelas já consolidadas potências econômicas inglesa, alemã e francesa.

Até com a recente entrada de países que faziam parte da Cortina de Ferro, os europeus se mantiveram gozando de prosperidade econômica. Até 2008. A especulação, inicialmente ocorrida nos EUA, derrubou o mercado num efeito dominó – A bolha inicial se reduziu a um boom de explosão, apenas parafraseando o título do livro O Boom e a Bolha, de Robert Brenner, que explicita bem o início da crise econômica pela qual estamos ainda passando.

O neoliberalismo americano caiu de quatro à ajuda governamental, que foi fundamental para a recuperação do mercado nacional, e, aos poucos, os EUA conseguem respirar, depois de quase sufocantes dois anos. Mas a Europa, que ainda não havia sentido pesadas perdas com 2008, iniciou sua ‘crise pessoal’.

Inicialmente, apesar das perdas dos gregos – a previdência local deve sofrer alterações, e para se aposentar os locais devem ter um incremento de dois anos nas contribuições, além de possíveis aumentos na arrecadação fiscal -, a crise deve ser sufocada por lá. O que é preocupante é como as outras economias do continente, ainda frágeis, como a irlandesa, reagirão à efervescência do mercado logo em seguida.

A Europa, com isso, segue forte risco de realizar uma segunda onda de crise, em cima de 2008. Apesar das provas que o mercado já nos deu de sua autorregulação, uma segunda crise logo em seguida, que afetaria países como Inglaterra e Alemanha, pode deixar marcar indeléveis por alguns anos e provar, nesses mesmo período, que o mercado europeu pôde ser forte apenas na sua primeira década de existência. Ou seja, a Europa que se cuide.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Indireta direta.

Indireta direta.

Olhe! Trema e entenda. A inércia, embora inerente a ti, não pode ser majoritária.
Tão frágil quanto lesmas em relação ao sal ou nós em relação a grandes carnívoros, o teu calar indica aceitação ao falho ou a incapacitação de expor o teu pensar... Reles pontos fracos...
De forma concreta, fingir ver com outros olhos o que por ti é condenado -inescrupulosamente se assumindo covarde ou encarecidamente invocando a divindade da tolice, que por sua vez oblitera de forma convicta qualquer tipo de sensatez existente no teu ser - apenas exige um mínimo de entorpecência e o cúmulo da apatia em ti contida.
Há algo de maior essência ao ocultar os fatos ou o termo 'vista grossa' soa positivo aos teus tímpanos? Seria tão conivente ao claro ou cego da forma mais insossa possível? Prefiro acreditar que a cegueira do dito "sentimento nobre" o afeta - tal qual a cegueira branca (não ligada ao amor) de Saramago: uma doença breve, porém, cruel. (Sentimento aliás digno de tornar os homens mais nobres em meros vermes, pincela-se rapidamente.)
Conivência indica medo... Medo de quê? Perder um algo ou alguém que é tido como importante? Grande merd*!
Nada pertence a ninguém... é tudo uma questão de percepção: muito "achismo", muito egoísmo e pouco sentimentalismo. Maaaas... sentimentalismo? Só por rimar? Digo que não... por expor o que sentimos por algo. Muitas vezes o dito sentimento é mais composto por posse que amor; Obsessão à cumplicidade... e assim vai.
Da forma com que as coisas vão, elas vêm. O soco de hoje é o golpe dado amanhã... Pense que, embora as coisas doam, elas passam... sempre passam. Já diz um filósofo urbano - cá entre nós, um dos melhores que conheço - : "Tudo acaba bem. Se não está tudo bem, é porque não acabou". É mais ou menos assim que tudo se vive... Tentando virar os jogos impossíveis de se virar e jamais aceitando o cabresto imposto por qualquer malefício
conhecido.

Espero que isso também tenha alguma ESSÊNCIA.

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Comentário cretino: Me especializando em postar coisas referentes à vida de amigos e afins, hein?

=D

Enfim... Por: Leoni

quarta-feira, 21 de abril de 2010

"As guerras e os homens", por Riverman

Europa, Século XI. Mais precisamente no ano de 1095, o então papa Urbano II clama os cristãos a libertarem a Terra Santa do jugo islâmico. Depois de quase 200 anos de combates, as chamadas Cruzadas, além de atribuirem à Igreja Católica um caráter conquistador, transformaram um batalha tida como religiosa em um passatempo dos nobres.

Quando se preparavam para os combates, muitos cavaleiros encaravam a ida ao Oriente Médio como ir, hoje em dia, a um safári. Havia até preparativos: espécies de treinamentos pré-guerra eram elaborados em solo europeu para que os combatentes não enfrentassem surpresas ao lutar contra os muçulmanos. Mas tudo no maior clima de orgulho e descontração.

Essa é a maior prova de como o enfrentamento do ser humano às guerras mudou consideravelmente ao longo dos séculos. No que era, então, um orgulho aos participantes como na Idade Média das Cruzadas – mais por questões nobiliárquicas e menos por motivos de suserania, ao contrário do que nos apontam os livros de História do Ensino Básico -, passou a ser um motivo de patriotismo, apenas alguns séculos depois das guerras libertadores da Terra Santa.

Por volta dos séculos XIII e XIV temos, na Europa, a formação dos Estados. Apesar de serem basicamente monarquias e manterem características reais bem fortes, o surgimento das nações só foi possível devido a um contexto: um fator comum a indivíduos. Neste caso, a língua foi essencial. Portanto, a partir de uma unidade, estes seres humanos se consideravam iguais e, logo, lutariam pela manutenção desta mesma unidade, no caso, os países.

O patriotismo foi a base de vários movimentos ainda inspiradores nos dias atuais; a Revolução Francesa e a Independência do Brasil como exemplo os são. Esta unidade, presente muito fortemente até o século XX, ditou até o surgimento do nazismo, que previa a ascensão ariana – raça orginal dos alemães – como líderes de uma nova ordem mundial.

E, atualmente, como encaramos as guerras? Se ela já foi vista com orgulho por um nobre participante na Idade Média e por um patriota napoleônico, como a sociedade encara os conflitos hoje em dia?

Não nos esquecendo de que uma grande parcela de indivíduos ainda é patriótica, o mundo se mantém menos gostoso de guerras, quer por ideologia, quer por medo da morte. Muitos vão citar como exemplo de ideologia o caso americano no Iraque. Apesar, sim, de muitos estarem ali por uma questão de “amor à América”, uma outra parcela de soldados está ali por questões educacionais, pois o governo americano financia parte do estudo superior de quem participar por algum tempo das Forças Armadas.

Aí entra a importância da mídia. Apesar de muito direcionada, ela ainda consegue trazer pontos de reflexão aos cidadãos, algo que não acontece no totalitarismo, que forma patriotas cegos, que só observam através dos olhos de seu líder. “O por quê da guerra? Por que morrer em troca de algo que me é imposto, como a noção de pátria e nação?” são perguntas feitas a muitos indivíduos a si mesmos quando assistem a jornais ou leem revistas, apesar de poucas publicações, de fato, discutirem tais questões.

Infelizmente ainda vivemos num mundo muito acrítico. Cidadãos achando normal num país, como o Brasil, o alistamento militar obrigatório. Até quando tomaremos uma postura tão submissa? As guerras só matam pessoas, e o patriotismo só nos trás guerras. Mas, enfim, o ser humano prefere pensar assim...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

VIVENDO NA ATLÂNTIDA GENERALIZADA

5/4/10, UM PROVÁVEL DIA COMUM...NÃO FOSSE A IMBATÍVEL E IMPLACÁVEL CHUVA.
NÓS CÁ DE SANTOS ENFRENTAMOS A ÁGUA BRAVAMENTE...AS RUAS ENCHERAM, O TRÂNSITO PAROU...MESMO COM MEUS 1,96 M DE ALTURA, TIVE DIFICULDADES EM ME LOCOMOVER DENTRO DO TURBILHÃO TURVO, A ÁGUA DAVA NOS JOELHOS....
FOI QUANDO EU PAREI E PENSEI: É NESSES MOMENTOS SOLITÁRIOS DE RACIOCÍNIO CRÍTICO BÁSICO À SOBREVIVÊNCIA QUE AS BOAS IDÉIAS/COMENTÁRIOS BROTAM...E DITO E FEITO! O COMENTÁRIO BROTOU!!!!
FATO É: SER CORAJOSO OU NÃO, DEPENDE UNICAMENTE DA QUANTIDADE DE AÇÚCAR NO SEU SANGUE....ENTÃO, SE ESTIVER COM MEDO...FIQUE UNS TRES DIAS SEM COMER QUE PASSA...
PARALELAMENTE
A RECÍPROCA NÃO É VERDADEIRA
SE FOSSE NECESSÁRIO APENAS O MEDO PARA SACIAR A FOME..EU ME VESTIRIA DE JASON E FARIA UM TOUR PELO NORDESTE.....DE GRAÇA!!!!

SEE YA

MADMAX OVER AND OUT

sábado, 27 de março de 2010

"Cadê minha inspiração?", por RIverman

Defrontando o meu computador, tive zilhões de ideias de temas para confeccionar um texto para o nosso querido blog. Boas inclusive. Mas o problema não está em se pensar num tema, e sim desenvolvê-lo.
Cheguei até a ir longe em um sobre o patriotismo – criticando-o, obviamente -, mas achei que fui muito longe: por ter feito já longos dois parágrafos, quase uma luz neste meu momento de inércia criativa, e por ter, também, ido muito longe da minha proposta – por isso, sua publicação vai ser adiada para outra oportunidade.
Apesar de vir tendo um bom desenvolvimento acadêmico, esse terceiro mês de 2010 vem sendo um breu literário para mim. Só espero que ele termine em breve – apesar de eu ter muito sobre o que pensar e escrever, o problema vem à tona na hora de passar as ideias para o papel ou para o computador.
Por isso, encarecidamente, peço: se alguém encontrar uma inspiração caída no chão, por favor, entregue-a para mim. Hoje, me despeço. Infelizmente muito lacônico...

P.S.: Só resolvi postar este relato, pois creio que ele traga alguma sorte para mim

domingo, 21 de março de 2010

A DESINTELIGÊNCIA HUMANA

A IGNORÂNCIA E A IMCOMPREENSÃO SEMPRE FORAM INIMIGAS DECLARADAS DA INTELIGÊNCIA E DO ESCLARECIMENTO.
ATÉ HÁ BEM POUCO TEMPO ATRÁS, 5 MINUTOS PRA SER MAIS EXATO, SEMPRE PENSEI QUE OS ESCLARECIDOS ERAM DOTADOS COM TODAS AS CAPACIDADES E APTIDÕES, E QUE OS IGNORANTES E SEM IMAGINAÇÃO NÃO POSSUÍAM QUALQUER RESQUÍCIO DE PENSAMENTO.
MAS, PARANDO PARA ANALISAR UMA CONVERSA QUE TIVE HÁ POUCO TEMPO, PERCEBI QUE O MAIOR TRUNFO DOS IGNORANTES É A CAPACIDADE QUE TÊM DE MASSACRAR QUALQUER IDÉIA, PENSAMENTO OU AÇÃO QUE ESTEJA FORA DA SUA ALÇADA DE CONHECIMENTO, OU ATÉ MESMO DE COMPREENSÃO.
SER DIFERENTE, PENSAR E AGIR DIFERENTE DO CONVENCIONAL, SEMPRE FORAM TAXADAS ERRONEAMENTE DE LOUCURAS, REBELDIA E ATÉ MESMO IMATURIDADE...INFELIZMENTE.
MAS AMIGOS, NÃO DESANIMEM SUAS CABEÇAS PENSANTES POR TÃO POUCO...COMO JÁ DIZIA O LENDÁRIO JESUS CRISTO:
"PERDOE-OS, ELES NÃO SABEM O QUE FAZEM"
E SE VOCÊ ESTIVER DESANIMANDO POR SER TAXADO DE LOUCO...LEMBRE-SE DA FRASE DE JUAN SANCHES VILLA LOBOS RAMIREZ:
"QUANDO RESTAREM SÓ ALGUNS DE NÓS, ESSES POUCOS SENTIRÃO UMA FORÇA IRRESISTÍVEL OS PUXANDO PARA UMA TERRA DISTANTE, ONDE ELES PELEJARÃO PELO PRÊMIO"
POR MAIS QUE VOCÊ SEJA "LOUCO"...SEMPRE TEM ALGUÉM PARECIDO COM VOCÊS POR AÍ, BASTA SABER PROCURAR COM ATENÇÃO!!!
ABRAÇOS DO MADMAX

sexta-feira, 19 de março de 2010

BIZARRICES COMPORTAMENTAIS

HOJE UMA EX NAMORADA MINHA, DEPOIS DE UNS 5 MESES SEM ME DIRIGIR A PALAVRA, VEIO ME PERGUNTAR SE HAVIA ME MAGOADO...
SEM TITUBEAR, RESPONDI QUE NÃO.
MAS DEPOIS, PARANDO PRA PENSAR, CHEGUEI A CONCLUSAO QUE OS SERES QUE SE PREOCUPOAM EM SABER SE JA MAGOARAM ALGUEM SÃO DESPROVIDOS DE INTELIGENCIA PRATICA, POIS MESMO QUE AINDA NAO TENHAM PERCEBIDO QUE EFETIVAMENTE MAGOARAM ALGUEM....DE QUE ADIANTA SABER?
UM PEDIDO DE DESCULPAS RARAMENTE CONSERTA UMA PISADA DE BOLA FEIA....
AH...EU REALMENTE NAO FIQUEI MAGOADO NAO, AMIGOS....
SO USEI ESSE FATO INUSITADO PRA ILUSTRAR UM POUCO DA MINHA FILOSOFIA DIARIA!!!!

AQUI É O MADMAX...
ANARCOSSIMPLISMO FOREVER!!!!

sábado, 13 de março de 2010

O ANARCO-SIMPLISMO

OLÁ, POVÃO!
AQUI É O MADMAX FALANDO...
ANARCO-SIMPLISMO
SIGAM ESSA IDEIA
IDEIAS ANARQUICOS E MODO DE AGIR SIMPLISTA
CRITICA SOCIAL E DESPREOCUPAÇAO INTERPESSOAL
A FALTA DE GOVERNO COMO UMA FORMA DE GOVERNO
BY RIVERMAN AND MAX

sexta-feira, 12 de março de 2010

"Palavras de um desiludido", por Riverman

Em quase 21 anos de vida ainda nutria uma certa esperança no ser humano. Apesar de muito pequena, ela permanecia viva no meu imaginário. Só que esta crença de que os nossos co-habitantes de planeta Terra podem ser melhores morreu. Hoje sou – e quero permanecer – um desiludido, alguém que perdeu a fé nas pessoas.

O ser humano é a coisa mais vil que sobrevive não só na superfície, mas em toda a biosfera desta bola azul. A única espécie capaz de roubar, enganar, pisar e iludir seus pares. Isso em troca de melhorias profissionais e/ou pessoais, acarretando um severo prejuízo ao lesado. Nos comparemos aos animais – ditos – irracionais. Nenhum deles mata, a não ser por necessidade; e nenhum deles age de maneira infame, pois agem apenas instintivamente. Acho que nem Deus, quando nos concebeu, imaginou ter criado um ser tão baixo nas suas ações.

Enfim, prefiro me expressar de maneira lacônica. Acho que este texto já vale o meu protesto. Agora raciocinem: Quem de fato é irracional? O chamado de racional ou o chamado de irracional... reflitam e depois digam se não estou certo...

quarta-feira, 10 de março de 2010

(Voltando aos poucos...) Refletindo sobre: Anomia

Anomia:
Status verossímil de apatia... beirando a sodomia social; Regras ausentes... assuntos pendentes... Nada se exclarece; Tudo se posterga de forma presunçosa, atônita... quase inerte;
Violência gratuíta e francamente distribuída... Quer um pouco? Venha buscá-la... Ela e sua desde que queira realmente...

Eterno estado humano causado pela tua própria preguiça; Conformismo indolente que vem a exaurir todas as migalhas por nós reservadas ao o futuro interno.

Paralisação torpe gerada pelo nosso asco às regras sociais básicas por nós criada objetivando a massificação de nossos atos. Talvez uma constante aversão ao fato. Puff... Mero acaso.

Orgia insana; "Folia bacana"... Fugir do normal é anômico ou autêntico? Quebrar o normal o torna banal? E se esse normal for "bem" ou "mal", "bom" ou "mau"? Normal rima com bacanal... bacanal traz resquícios de anomia: Pra que 1x1 (sociedade "impõe") se pode ser 100x100?
Vida vadia, violenta e "sadia"... ahhh... QUANTA ironia...

Mas creio que anomia seja pior... Seja a descriterização do são... Ou talvez a sã situação de odiar o regulamento que nos rege. Soa com certa ambigüidade, né? Insanidade porca ou uma "anarquia gostosa"?

Fica a questão...

Por: Leoni

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

"Editorial 2010" (gargalhadas)

Boooooom povão...

Após uma viagem cansativa eis que volto.

Amanhã o blog será reativado (a minha parte... Riverman andou postando umas caquinhas fétidas aqui... =D) e o volume de asneiras voltará a ser grande (espero).
Andei recolhendo algumas sugestões de textos com amigos, conhecidos e boçais pelo mundo afora e penso que consiga sanar a maioria das idéias que foram propostas... Apenas acredito.


Por enquanto é só... até amanhã...

Melhor dizendo... SAMPAI JUMPA!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

"O ateísmo e a sociedade contemporânea", por Riverman

Uma discussão aberta acerca do ateísmo é algo relativamente recente na sociedade ocidental. Afinal, vivemos uma Idade Média, onde a Igreja Católica, soberana, impedia debates sobre a existência ou não de um criador – aliás, ela depauperou resultados mais prolíficos das leis heliocêntricas de Galileu Galileu, que defendiam o Sol, e não a Terra, como sendo o corpo central do Sistema conhecido hoje como Solar.

Enfim, a Religião sempre serviu como um fator desacelerador das descobertas humanas. Tudo – ou quase tudo – que a ciência nos apresenta é levado pelos religiosos como proveniente do obscurantismo e do demonismo. Não debato a existência de Deus – no que eu peremptoriamente acredito -, mas, sim, a influência das religiões no nosso cotidiano – e destas, certamente, discuto a existência e de, graças a ela, vivermos em um mundo onde o homem já matou, mata e ainda matará se utilizando do nome do Criador.

A discussão sobre o ateísmo é um fator importantíssimo dentro deste tema, pois é algo ainda seriamente combatido e mistificado. Até dentro de universidades, onde ele deveria ser tratado de uma maneira igualitária em relação a outros grupos de discussão já existentes, ele encontra resistência. Não se trata, como eu já afirmei, da minha convicção espiritual, mas, sim, de respeitarmos os direitos de cada um expressar suas ideias e opiniões.

O obscurantismo, na verdade, se encontra dentro das próprias igrejas como a Católica, capaz de abrigar padres e clérigos acusados de pedofilia nas suas estruturas, e algumas protestantes, que conseguem ter a audácia de cobrar o trízimo – ou seja, doar para os 'representantes de Deus' na Terra 30% dos seus ganhos. E isso só para ficar dentro do Cristianismo.

Devemos, como seres humanos, defender o direito de livre expressão de qualquer um, mesmo quando formos completamente comtrários a eles, assim como disse Voltaire. O meu combate às Igrejas atinge, apenas, a esfera do charlatanismo e do estelionato que muitas cometem contra a fé de terceiros, dizendo ser possível curá-los de doenças como a AIDS, inclusive. Jamais combaterei o direito religioso de alguém, desde que ele seja responsável.

Sinceramente, creio que exista um elevado número de ateus que, graças ao preconceito da sociedade, se escondem atrás de máscaras com medo de serem mal vistos se assumirem seus pontos de vista em relação a esse assunto. Por isso creio que o debate sobre o ateísmo deva ter um espaço maior, afinal, a existência de Deus nunca foi comprovada científicamente, e creio que tal fato jamais se confirmará, já que o próprio Criador se cercou de mistérios à sua volta que sempre impedirão Sua descoberta. Claro, crenças...

domingo, 31 de janeiro de 2010

"Res Fictae brasileira", por Riverman

22 de Abril de 1500. Pedro Álvares Cabral, com sua esquadra, desmbarca no litoral de um ponto distante da então quase desconhecida Amérca para os europeus, fundando assim a Ilha de Santa Cruz, que se tornou colônia portuguesa e que se tornaria o embrião do atual Brasil. Até nossa descoberta é uma mentira. Quem dirá nossa História.

Fictae, para os pouco informados, significa, em latim, basicamente 'ficção', um acontecimento criado. Muitos estudos apontam, inclusive, pela chegada dos espanhóis ao Brasil antes de 1500. A mais conhecida é a do navegador Vicente Yañez Pinzón, em 1498, que teria desembarcado nas atuais terras da Região Norte brasileira.

Mas este é apenas o começo de uma História moldada fundamentalmente em mentiras e sem a participação popular – ao contrário do que os livros de História dos nossos bancos escolares parecem narrar. Me pergunte o nome de um 'plebeu' que tenha ficado conhecido por participar das lutas – que já seria um termo utópico – que culminaram com a Independência? Ao contrário do Haiti, por exemplo, que foi liberto por escravos dos grilhões franceses e se tornou a primeira nação no mundo a abolir a escravidão. Mesmo no restante da América Latina, a luta foi ainda elitista, mas, de fato, houve luta pela independência.

Aliás, os nossos movimentos políticos têm esta tendência. A Proclamação da República também foi outro movimento elitista e, ainda por cima, militarista. Quando a insatisfação dos poderosos atinge um ponto desconfortável, eles mesmos põem as 'manguinhas de fora' e agem quase a seu bel-prazer. Não que isso não ocorra no restante do mundo – em alguns outros países a situação ainda é mais alarmante -, mas no Brasil a ideia de que somos um país democrático e popular ao extremo é muito mais densa. Muita gente vai se perguntar: mas como podemos realizar tais afirmações se vivemos num Estado que nos dá direito ao voto secreto e universal e, ainda por cima, é laico?

Só respondo com um simples exemplo que está na casa de cada um de nós: Rede Globo de Televisão. E, para ser mais específico, ainda cito outro exemplo: O famoso debate entre Lula e Collor nas eleições presidenciais de 1989, organizado pela própria Globo. Enquanto Lula, no Jornal Nacional do dia seguinte, teve suas propostas quase mutiladas no ar, Collor teve direito à exibição dos seus melhores momentos. E a resposta é facil de ser encontrada: Quem venceu nas urnas? Fernando Collor. Este momento, um dos mais obscuros do jornalismo nacional, é muito bem relatado no documentário Além do Cidadão Kane, produzido pela rede de televisão inglesa BBC e proibido de ser vinculado no país pela nossa 'democrática' Rede Globo.

Então, meus pares brasileiros. Só citei alguns exemplos de mentiras já ocorridas na nossa política. Até podemos tentar mudar o país, mas a maioria dos nossos compatriotas estão mais preocupados em assistir ao Big Brother – que, inclusive, foi tema do meu último post – e à novela das oito. Aí é para, me desculpem o termo, foder com qualquer um...

P.S.: Quem tiver interesse em assistir ao documentário Além do Cidadão Kane, posto um link no qual ele se encontra completo:

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

"BBBesta", por Riverman

Iniciamos mais um ano. E, em mais um começo de ano, a Globo lança seu mais novo Big Brother Brasil. O mais incrível não é se lançar um BBB. O mais incrível – e pior de tudo – é ele ter alcançado sua décima edição. A partir daí nascem minhas dúvidas: não sei se é a Globo que merece um público tão limitado ou o público merece um canal tão limitado como a Globo?

Não discuto aqui a “febre” que o programa Big Brother atingiu mundialmente, mas em quantidade de programas exibidos nós apenas perdemos para os espanhóis, que produziram 11 edições. Surpreendentemente – ou não – o programa se extende por um tempo bastante considerável em terras tupiniquins: desde 2002, com ao menos uma edição realizada por ano. Eu utilizo o exemplo brasileiro apenas por fazer parte do meu cotidiano: muitas vezes, em filas de banco, ônibus, escolas, percebemos um número notável de indíviduos discutindo o que ocorreu no dia anterior no programa ou em quem vai votar pra ser eliminado da atração. Considero tal reality show pobre culturalmente, além de alienar pessoas que já têm uma certa dificuldade de discernir o real do irreal. Mas, na minha concepção de mundo, é absurdo haver um número exorbitante de países que se deixam levar pela exiguidade qualitativa de tal programa. A alienação se torna um fator quase preponderante em muitas esferas sociais que, ao menos, esperávamos alguma reação intelectual.

Além do mais, a toda-poderosa das telecomunicações brasileiras prefere preencher sua programação com programas mais sadios em horários alternativos – das 4 às 8 da manhã, por exemplo -, como o Globo Ciência, Globo Universidades e até mesmo o famigerado Telecurso 2000, que são preteridos por uma grade depauperada.

Enfim, esta é só minha opinião. Respeito todos que assistem ao Big Brother, mas tenho esta visão de que é um programa pouco saudável às mentes mundiais – e não apenas às brasileiras. Não necessitamos viver num mundo cultural e intelectual ao extremo, mas a programação da Rede Globo ao transmitir o referido reality show apenas atinge o ápice da pouca qualidade ao televisionar apenas o Jornal Nacional como parâmetro de realidade - que ainda é pobre como a maioria dos nossos telejornais - em horário nobre.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Manifesto hipócrita com fins hipócritas

Vislumbremos o instante em que verdades soarão de forma verdadeira, não apenas como fatos genéricos pré-moldados para satisfazer necessidades mínimas de ego;
Consigamos, com uma drástica dose de loucura ideológica, imaginar um mundo futuro corretamente traçado e embasado em ideais humanitários e igualitários (mesmo em contrapartida às diferenças étnico-culturais);
Adequemo-nos ao futuro que nos fora reservado por nós mesmos com nossa ganância e soberba sem precedentes;
E então não mais nos surpreenderemos com a enojante cultura humana e teremos a certeza de nossas falhas terem sido perdoadas por nós, reles mortais!

Por: Leoni