sexta-feira, 31 de julho de 2009

Seria essa a sua salvação?

Seria essa a sua salvação?

Pensar. Resmungar. Se drogar. Refletir. Seria essa a seqüência lógica para fugir de algo que o atormenta?
Chorar. Correr. Se esconder. Fingir transparecer. Talvez essa seja a real oportunidade de alguém sentir por ti algo que você mesmo é incapaz de sentir... pobre alma sofrida.
Sofrer. Reclamar. Se esquivar. Mais uma vez sofrer. Penso que esse jogo de gato e rato feito com a tua própria personalidade seja algo muito mais profundo do que um distúrbio supérfluo fruto da sociedade. Realmente acho que tua salvação está contida nos atos que teimas em não tomar... lastimável.
Exasperar. Se isolar. Em prantos mais uma vez soçobrar. Acredita mesmo que as lágrimas são capazes de realinhar os desvios de conduta a tanto desalinhados? Lágrimas só expõe fragilidade, medo ou alegria. O choro de quem sofre não consegue trazer o que há muito se foi ou o que ainda não veio. Atitudes assim só mostram a ausência de segurança nos teus atos e a inconseqüência das tuas palavras.
Acordar. Modificar. Atuar. Jamais aguardar. Não espere o que não volta e não pense no que se foi. Acorde e viva. Sinta a vida em cada movimento dos teus malogrados dedos. Sinta a vida em cada fragrância sentida, em cada sorriso, em tudo ao teu redor. Tenha agora a felicidade que pensa ter perdido para todo o sempre. Conte comigo por todo o sempre!

Texto dedicado a alguém. Não preciso dizer quem é VOCÊ.

Por: Leoni

quinta-feira, 30 de julho de 2009

O verdadeiro jornalista, por Riverman

Nesta última terça-feira, estava sem sono e com poucas opções de entretenimento. Resolvi fazer algo que há muito não fazia: assistir o famigerado Programa do Jô. De repente, quando se inicia o segundo bloco, o entrevistado é Juca Kfouri. Ao acompanhar a entrevista, além de ficar com vontade de ler seu novo livro (Por Que Não Desisto: Futebol, Dinheiro e Política), ganhei ainda mais admiração pelo jornalista Juca (a mesma que sinto desde a adolescência, ao ler seus textos principalmente em Lance! e assistir seus comentários na ESPN, passando ainda pelo curto período em que cursei faculdade de Jornalismo, até os dias de hoje).
Suas palavras, dentro da crônica esportiva brasileira, estão entre as principais. Suas críticas aos cartolas brasileiros que fazem do esporte-símbolo nacional uma piada, que preferem negociar atletas de excelente qualidade para países como Emirados Árabes, Qatar, Coréia do Sul, Japão...(nada tenho contra esses países, só que estes além da pouquíssima tradição no futebol, possuem apenas altíssimas quantias de dinheiro para movimentar o mercado da bola) em troca de verdadeiras misérias (valores que muitas vezes não atingem a casa dos US$5 milhões, quando entre times europes negociações de jogadores do mesmo porte podem atingir US$ 20, 25 milhões) são as mais racionais possíveis. Confesso que também há muito não acompanho, devido à minha vida universitária, o programa "Juca Entrevista", na ESPN (não estou nem habilitado a informar os horários do programa) que, além de sua qualidade jornalística - ao menos nos períodos ao qual eu pude acompanhá-lo- , quase sempre traz convidados que debatem e expõem as deficiências políticas não só do nosso futebol e sim do nosso esporte, debatendo o assunto sem nenhum "rabo preso".
Parabéns a Juca Kfouri, que seu livro se torne sucesso e que ele siga o sendo o grande cronista que é, apesar da sua predileção futebolística, infelizmente, ao Sport Club Corinthians Paulista.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Desabafo de um preguiçoso

(Risos e mais risos...)

Situação embaraçosa a minha... não ter inspiração pra escrever... olha que dramático!
Assumo, faz tempo que não escrevo para o "cachorro"... isso me irrita! Não ter inspiração em tempos tão produtivos é, no mínimo, ridículo.
Refletindo em um ônibus sobre o supracitado, eis que veio a idéia: "E por que não escrever sobre não saber o que escrever?!?! Algo novo! Soará como um desabafo..."
Engraçado, não? Situe-se. Você ama escrever. Ama ler. Tem um projeto de blog cujo intuito único é o de: escrever! Por que um dia iria ter esse problema para escrever?
É como ser um ator pornô que brocha ao ver uma atriz boazuda. É insensato! É escroto!
A pouco escrevi um roteiro pra um amigo... Sabe? Projeto de curtas-metragem, 18 minutos de filme... Fááácil, não?
NÃO! É de aterrorizar! Penso que jamais encontre algo que me deixe com os cabelos mais ouriçados... mas... enfim... criei um roteiro.
História melodramática, incomum, incompatível com o meu ser.
História que expunha as dificuldades em se criar um roteiro para curta quando não se tem criatividade. Contava sobre alguém que não conseguia pensar pelo excesso de pensamentos paralelos. Algo meio louco... A personagem conversa só o filme inteiro. Não há um outro alguém. (Somente de uma forma abstrata...) O desfecho era sensacional... só vendo pra sentir tanto ódio como eu senti!
Enquanto isso, no "cachorrão"... NADA!
Talvez isso seja produto da preguiça anormal que porto... sou um preguiçoso de marca maior! Às vezes assumo ter preguiça de existir... Tenso, concorda?
E tal preguiça faz com que reflita... Queria eu ter metade da genialidade de alguns mestres das palavras. Queria eu ser um terço do que eles transparecem não ser.
Queria apenas em um sonho experimentar saber brincar com palavras e pronunciá-las ou transcrevê-las da mesma forma que brinco ao cutucar um amigo ou apelidar minha irmã... algo natural, entende? E talvez, logo após vangloriar-me com tal prazer, acordar pensando estar sendo esmurrado por um destes ícones que tão poucos ousam idolatrar...

Abraços!


Por: Leoni

quarta-feira, 22 de julho de 2009

"O showbiss eleitoral brasileiro", por Riverman

A política brasileira vive o caos. Crises que afetam o Senado (no momento, o senador José Sarney em especial), a Câmara (que passa por um momento "tranquilo") e as várias
esferas administrativas, não só federais, mas também estaduais e municipais. Apesar de acompanhar diariamente a "saga" de nossos representantes nos meios de comunicação,
o povo parece que não se cansa em confundir espetáculo com política. Além de já ter eleito Frank Aguiar, o "Cãozinho dos Teclados" e Eurico Miranda, ex-presidente do Vasco da Gama, entre outros,a mais nova cara das eleições do próximo ano parece ser Renata Frisson, a popular "Mulher Melão" , que deve se candidatar a Deputada Estadual
no Rio de Janeiro. Segundo a própria dançarina, ela já se sente pré-candidata às próximas eleições e negocia com partidos sua saída eleitoral.Não estou aqui discutindo
qual a origem dos pleiteadores de vagas públicas - desde que estes tenham boas ideias e projetos para o país, podem ser de engraxates a empresários - afinal, vivemos em uma democracia.
O que quero discutir é que, parece que para o povo, quanto mais corrupção existe no país, mais se coloca nomes do popularesco nas Assembléias ou no Congresso, independentemente das mudanças que
estes querem estabelecer na sua esfera de atuação pública. Só gostaria de saber o seguinte: Quantos projetos de lei importantes para o país elaborou Frank Aguiar? E Eurico
Miranda, que também acabou acusado de evasão de divisas durante seu mandato? Só espero que, se a Mulher Melão vencer as eleições e conseguir uma vaga na Assembleia Legislativa fluminense, seja através de propostas (que futuramente se concretizem) e não apenas como resultado de sua imagem pública.

Por: Riverman

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A discrepância ignorada pelo esporte

Pelé, Garrincha, Beckenbauer, Kaká, Cristiano Ronaldo, Zidane... todos já os conhecem como sinônimos de craques, de grandes jogadores que fizeram história tanto em seus clubes, quanto em suas seleções. Mas o que difere esses seres humanos especiais no talento de jogar bola entre si? Apenas o tempo e a mudança do significado da expressão "jogar futebol", agregada à contagem cronológica. Na década de 60 e 70, a importância dada à camisa de uma agremiação ou de um clube era maior que qualquer transação ou negociação existente no esporte bretão. As cifras envolvidas eram bem menores e a torcida possuía uma maior identificação comseus craques, caso principalmente assistido nos países tradicionais no esporte de Terceiro Mundo, como Brasil e Argentina.
Já na década de 80, junto a uma abertura econômica mais intensa no mercado de ações, que fomentou o liberalismo, fase que iniciou o "boom" no consumismo, o futebol não podia ficar de fora. Equipes européias, num primeiro instante italianas, passaram a se rechear de craques sul-americanos, transformando equipes numa verdadeira ONU esportiva, visando lucros com a venda de camisas e lotação de estádio na apresentação das novas contratações (os títulos de outrora, passaram a ter importância secundária). já nos anos 90, a tendência foi se agravando, explodindo no início do século XXI, com 9 das 10 maiores contratações da História realizadas entre 2000 e 2004. Até jogadores de qualidade duvidosa,como o zagueiro Samuel, foram negociaods a preços absurdos - o jogador argentino deixou a Roma e se transferiu para o Real Madri em torca da bagatela de 20 milhões de Euros, em 2004. Apesar de uma pequena desinflacionada de 2004 pra cá,as negociações de Kaká e Cristiano Ronaldo neste ano ( que somadas quase atingem a cifra de 150 milhões de libras), colocaram o risco de assitirmos novamente o absurdo inchaço financeiro que abalou o futebol.
Porque para termos futebol não precisamosde milhões, isso explica toda pelada em todo santo Domingo...
Agora, no que tange às cifras que circulam o milionário mundo do futebol, o que pode-se concluir?Há de se concluir, com uma sinceridade jamais vista, que é um mundo que movimenta milhões de forma supérflua.
Há alguma necessidade em um jogador, por mais talentoso que este seja, receber remuneração mensal de aproximadamente 800 mil euros por mês? Usando o câmbio monetário, no dia de hoje, isso seria aproximadamente 2.184.000,00 reais por mês... Pouco, não?
Acompanhe o raciocínio e veja se não é algo extremamente díspar à atual situação mundial.
Com cifras equivalentes às supracitadas, calculando-se que se gaste R$ 4,00 em uma refeição com qualidade inquestionável e um valor nutricional aceitável, chegasse a um valor (estimado, claro) de 546 mil refeições em um mês... Isso alimentaria uma cidade de aprox. 15 mil habitantes por um mês... Some agora os outros jogadores (e seus respectivos salários) do plantel do Real Madrid... Creio, mesmo sem números exatos, que se poderia, somente com o valor dos seus salários, alimentar uma cidade de aprox. 100 mil habitantes por um mês (sem contabilizar empregos gerados e algumas melhorias que vêm em conjunto... ). Demais, não???
Apenas estamos lindando com os salários, se citarmos patrocínios, receitas com ingressos, dentre outros, penso que seria o Real Madrid, "modesto" clube europeu, capaz de ajudar muitas pessoas às quais os espanhóis, tão gananciosos quanto quaisquer outros seres humanos, ajudaram a empobrecer, discriminar e ignorar.
Quanto a ignorância deles para com africanos e latino-americanos, vale-se ressaltar que toda a repúdia e todo o asco ao qual espanhóis (dentre outros europeus) dispõe aos mesmos, é rechaçada quando o assunto é esportivo (ilustramos apenas o futebol, exemplo mais claro do tema). Kaká, brasileiro por natureza, seria bem recebido em Madri se fosse à cidade com o intuito de ser faxineiro ou pedreiro? Penso que não...

Há de se convir que os seres humanos ditos civilizados ainda têm uma necessidade extrema em ter conhecimento das bandeiras levantadas pelos próprios (não generalizando... jamais!). Igualdade, Resposabilidade e Direitos humanos... Poderia algum de nós ensinar isso aos dirigentes madrilenhos?