segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

"O que esperar do poder público em 2010?", por Riverman

Mais um ano termina e, em mais um, vivemos um caos na política brasileira. Nestes quase 6 meses de blog, vivemos a crise do Senado, na qual o seu atual presidente, José Sarney, foi absurdamente mantido no seu cargo, após denúncias de prática de nepotismo no seu mandato. O ano ainda fechou com "chave de ouro" após a crise política instaurada no Distrito Federal, onde os três poderes estão contaminados com denúncias de corrupção – ventilou-se, até, uma possível intervenção federal, de tão grande o escândalo que tomou conta da administração candanga.

Agora eu pergunto: o que esperar da política brasileira em 2010? O que podemos ver no nosso horizonte nos próximos 365 dias, que combinarão Copa do Mundo – também conhecida como o principal ópio do brasileiro – e eleições para os Executivos Estaduais e Federal?

Eu, que já deposito pouquíssima confiança no administradores dos nossos impostos, espero o mesmo do que aconteceu há 4 ou há 8 anos. A Copa do Mundo, em Junho e Julho, servirá para desviar a atenção dos brasileiros das manobras políticas pré-eleições. Afinal, a imprensa estará toda voltada à cobertura do maior evento esportivo do mundo, e, entre Sarney e Kaká, todos optarão em saber, apenas, como será a rotina do segundo no primeiro Mundial realizado em continente africano. Aliás, não só nos dias que a Seleção estiver na terra dos bafana-bafana. A torcida brasileira, ansiosa, já a partir de janeiro começará a realizar vigílias no cotidiano dos nossos craques, ignorando, daí pra frente, as páginas políticas dos jornais tupiniquins.

Supondo que a seleção canarinho consiga chegar à final do evento teremos, até as eleições, pouco menos de 3 meses para os candidatos apresentarem suas propostas, o que, convenhamos, é um tempo escasso e exíguo, principalmente em uma nação onde o povo já tem pouquíssima fama de transformar pleitos em evento de importância fundamental às suas vidas. Ou seja, não será uma novidade que até 2014 novos quid pros quos sejam instalados na máquina pública. E eu ainda estendo essa confusão até 2018, pois a Copa de 2014 ainda vai tomar um tempo muito maior na atenção dos brasileiros, infelizmente não para se debater a realização ou não desta absurda Copa do Mundo num país que tem outras necessidades maiores, e sim na preocupação popular de que nossos jogadores têm de estar preparados em ganhar o Mundial como anfitriões.

E até você que se preocupa com o futuro do país e crê que as urnas podem dar uma condição mais humana para esta nação, fique esperto. O show começa agora em janeiro e vai, pelo menos, até julho. Então, como Galvão Bueno vai dizer várias vezes em meados do pŕoximo ano, no maior - e melhor - espetáculo em favor da política nacional em 2010: “Haja Coração!”

Ano novo, vida velha...

Ahhh final de ano...
Época de expurgar nossos demônios e, por alguns instantes, mostrar-mo-nos tolerantes e amáveis. Talvez os dias mais hipócritas do nosso calendário.

Já dizia o velho livro sagrado que outrora esquecemos: "..Ao soar as trombetas malígnas das vinhetas 'globais' vossa postura há de ser modificada e então estarás apto a receber os arautos da semana maldita. Ivan Lins a Simoni hão de cantar o hino do exército corrupto e de inexorável sem-vergonhice, e então, todos hão de se amar em um frenesi incontrolável. Ao final da semana, todos voltarão as suas formas inescrupulosas..."

Enquanto o riff musical mais pegajoso perdura em sua mente e você reflete durante seu ano, você traça planos e estabelece de forma muda tudo o que esquecer no ano que está por vir...

Mas, surge a questão tida como atrevida: Por que mudamos tanto durante uma semana? Qual é a fórmula mágica do natal?

Cristãos em geral me diriam que é o tempo de celebrar os ensinamentos divinos.
OK. Ótimo argumento. Porém, por que não exercê-los durante todo o "certame" ao qual nos submetemos?
Acredito que aí tenha sido eliminado o primeiro argumento.

Então, não contentes, pessoas expõe o seguinte:
Ano novo, vida nova. É hora de sermos o que não conseguimos ser até então...
Beeem. Argumento mais cabível, porém, também é falho. Por que esperar um novo ano se iniciar para mudar nossas malogradas vidas? (Me apego a esse "mandamento") Todo dia é um bom dia pra mudar a vida... não há necessidade de eu abraçar a todos os parentes e conhecidos que brotam dos confins da terra para que eu possa ser alguém melhor em algum dia... Não há lógica nisso. (Suponho)

Aí, pessoas que se sentem ofendidas com o raciocínio argumentam: Se você se diz "seguidor" de tal "conduta", por que a critica?
Oras... Porque é errada! Se fosse certa ou se eu tivesse a cura para tal eu jamais a criticaria...
Enquanto eu não consigo compreender mais um comportamento humano e as "malditas vinhetas globais" continuarem a ditar nossos atos em finais de ano, seguiremos assim... cedendo a coxa do peru enquanto por dentro desejamos que a pessoa que a ingira tenha desinteria (dentre outros males), sorrindo forçosamente para fotos indesejadas e pregando uma paz que, infelizmente, não buscamos por toda a nossa eternidade.

Dedicado a pessoas especiais...
Após quase 2 meses... Por: Leoni

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

"Tirando meu chapéu", por Riverman

Parabéns à iniciativa da Revista Veja em dispor a qualquer interessado seu acervo digital. Nele constam todas as edições da publicação desde seu primeiro exemplar, em 1968, até o último publicado. Uma iniciativa digna de palmas e ovações por parte do público, principalmente o brasileiro.

Posso aqui ter minhas ressalvas sobre o tipo de jornalismo realizado pelo periódico da Editora Abril, um pouco tendencioso ao elitismo e ao imperialismo americano - a primeira queixa é comprovada através da coluna semanal de Diogo Mainardi -, mas não podemos negar a importância dessa material na vida cotidiana brasileira pós-1968 e a flexibilidade com a qual podemos acessar esse material, já que ele nos está disponível on-line. Vale lembrar, também, da influência de Veja nos movimentos políticos,sociais e econômicos e, com isso, a cobertura da revista desde as sua criação é de extrema valia para que possamos compreender algumas atitudes inerentes ao brasileiro. Desde que descobri esse arquivo, tenho sido um assíduo usuário. Consulto sobre vários assuntos, e a vantagem que este recurso tem sobre pesquisas e publicações atuais acerca de um período determinado do passado é a visão "fresca" da reportagem sobre seus pares dos dias atuais que abordam esses momentos já vividos, pelos quais temos visões mais cristalizadas e serenas, ou seja, menos parciais. Isso, de certa fora, é importante na imprensa para que possamos saber e entender a visão de tal veículo sobre tal acontecimento - desde que esta parcialidade não seja dominante na reportagem.

Enfim, espero que este pioneirismo de Veja se mantenha durante muitos anos, e que muitas outras publicações tomem a mesma iniciativa em breve, principalmente as que tenham influência no cotidiano do país. Uma atitude não só admirável em relação à exposição de seu arquivo ao público em geral, mas, sim, de preservação e consulta da História brasileira recente.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

"Desmistificando a / à Crase. Qual será correta...?", por Riverman

Após muito tempo de inatividade literária, volto a publicar dois textos no mesmo dia. Cansado de ler “à prazo” e “a vista” em placas e cartazes de lojas, vou explicar aos caros leitores desse blog o uso da nossa querida – aliás, minha, porque a maioria dos brasileiros sente ódio por ela –, a crase.

Primeiro, vamos contextualizá-la. A crase nada mais é do que o resultado da preposição a - que, em algumas situações, pode ser substituída pela também preposição para (exemplo de uso: Eu vou a São Paulo / Eu vou para São Paulo) sem perda de sentido - somada ao artigo a (exemplo de uso: A menina). Para justamente evitar a grafia de dois as seguidos na mesma frase ou oração, os gramáticos optaram em adotar esse odiado acentinho, pois pensemos da seguinte maneira: Eu vou a (preposição) + a (artigo) praia. Isso seria realmente estranho na grafia. A crase veio apenas para simplificar essa confusãozinha: Eu vou à praia. Percebam aquilo que eu disse no início: esse a preposição pode ser substituído por para, derrubando a crase e facilitando pra quem encontra dificuldades: Eu vou para a praia. Outro auxílio precioso ao leitor é substituir o substantivo ao qual a crase é aplicada por um outro masculino. Exemplo: Eu vou a Bahia tem crase? Substitua o substantivo Bahia por algum outro substantivo masculino. Usarei Norte para demonstrar: Eu vou ao Norte. Portanto, Eu vou à Bahia é assim grafada. E novamente o para para facilitar: Eu vou para a Bahia.

Agora fugindo um pouco da regra básica, quando o uso de a subentender moda, ela deverá sempre ser craseada: molho à bolonhesa; bife à parmegiana. Ou seja: molho à “moda” bolonhesa; bife à “moda” parmegiana. Outro “crime” é utilizar a crase antes de pronomes e verbos: “Eu vou entregar à você” e “À partir de 2 reais” são formas totalmente inaceitáveis. O uso dela no meio de palavras repetidas também não é correto: “Face à face” não existe na Língua Portuguesa.

Bom, só resolvi dar umas explicações básicas. Espero que essas minhas dicas sejam úteis para quem encontra dificuldades com a crase. Abraço e até mais.

“Ignorância Ignorada”, por Riverman

“Ler também é um exercício.” Me recordo muito bem deste slogan, repetido diversas vezes numa propaganda vinculada pela Rede Globo, que visava incentivar a leitura entre os jovens. Pois bem. Depois de alguns anos, penso comigo mesmo: “Ler não é apenas um exercício; é o melhor exercício.” E explico.

A leitura, nem que seja de qualidade duvidosa – como as de origem parajornalísticas, exemplo as da chamada imprensa marrom –, é de muita valia ao interlocutor. Através dela, um cidadão consegue ter uma percepção melhor de seu idioma, contribuindo também, e muito, para sua escrita. Baseio a minha teoria nos intelectuais, pegando apenas dois nomes como exemplo: Claude Lévi-Strauss e Eric Hobsbawn. Ambos são festejados como dois dos maiores intelectuais de fins do século XX e início do XXI. Enquanto o primeiro faleceu recentemente, com exatos 100 anos de idade, o segundo, com pouco mais de 90, ainda continua extremamente lúcido e nos dando mostras de sua vasta inteligência.

Não estou aqui excluindo a importância do exercício físico, que também é fundamental para o desenvolvimento do ser humano, mas creio que falte incentivo por parte do governo para com a leitura. A obesidade é um assunto muito mais discutido e tem uma posição privilegiada nas agendas de discussão sobre saúde e sociedade em comparação à ignorância, que é pouco levada a sério nos assuntos acerca de políticas públicas.

Que façamos a diferença. Já que os políticos não se interessam em tratar o problema com a primordialidade que é necessária para erradicá-lo, a luta contra a falta de leitura – e de livros – deve ser abraçada por todos nós, os interessados em ver do Brasil um país melhor. Portanto, façamos o seguinte: nos estimulemos a ajudar alguém a sair da ignorância, apresentando a esta pessoa um livro. Se cada um de nós fizer isso, já estaremos ajudando muito e contribuindo para um país repleto de ignorantes, graças à ignorância de nossos governantes.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Reativando

Pessoal....

Após longo silêncio... eis que volto!


À noite postarei um texto legal pra reativar o hot-dog!

Abração!

Por: Leoni

sábado, 7 de novembro de 2009

"Obrigatoriedade sim", por Riverman

Depois de um bom tempo, mais precisamente 36 dias, volto a postar neste querido blog. Vou falar hoje de um assunto que, há alguns meses, dividiu a opinião pública brasileira e que, recentemente, eu havia sentido a necessidade de externar: a quebra da obrigatoriedade do diploma jornalístico para se trabalhar em veículos de comunicação.

É complicado falar sobre o tema, pois parece-me, no mínimo, injusto alguém sem uma graduação em Jornalismo conseguir laborar em um jornal ou em uma revista de grande expressão. Um trabalho jornalístico, para ser executado com qualidade, exige, sim, preparo. A desculpa de "liberdade de expressão", sinceramente, não colou e, hoje em dia, a internet está aí para executar esse serviço: blogs e vídeos, desde que sem fins lucrativos, podem ser postados e assistidos por qualquer pessoa ao redor do mundo, com o autor podendo pôr "sua boca no trombone" e ter seu direito à livre expressão garantido.

É fundamental, além disso, um colunista ou redator ter plenos conhecimentos da Língua Portuguesa. Se qualquer um, até aqueles que não tem ínfimo conhecimento do idioma, resolver trabalhar numa redação de jornal, como vamos ficar? O nosso idioma se desconfigura e se deforma nas páginas dos jornais ou nas manchetes dos noticiários de televisão? Nessas horas o bom senso deve prevalecer.

Creio que se pensarmos que liberdade de expressão é fundamental em qualquer profissão, a obrigatoriedade em se cursar Direito, o mesmo da formação acadêmica dos magistrados dos STF (supremo Tribunal Federal) que legitimaram a tal lei, também deveria dançar, quando, no mínimo, se refira à autodefesa num tribunal. Só de presidiário com pouquíssima formação escolar que tem mais conhecimento de leis que muitos advogados por aí há aos montes...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O valor de tentar se ter algum valor.

O valor de tentar se ter algum valor.

Inquestionável sensação de indubitável prazer; Senso de completitude jamais encontrado em nosso âmbito carnal. Qual será o valor em se ter valor?
O preço a ser pago para que possamos sentirmo-nos úteis; Vivos; Quiçá necessários a outrém. E não que seja UM outrém de suma importância ou AQUELE outrém que tanto desejamos, mas, de forma sintética, OUTRÉM.
Pagamos. Postergamos. Usurpamos. Creio que até cheguemos a consumir o inconsumível... Tudo isso em troca de quê? Migalhas de atenção e sorrisos forçosos; Por instantes amarelos e foscos... Sem o brilho da sinceridade que brota em um sorriso verdadeiro; Amigo, por que não?
Trocamos nossas vidas e evitamos o que, porventura não trocaríamos de forma alguma, galgando fatos que, no que tange à aparência dos leigos não se passa de mera aprovação; Uma aceitação ridícula imposta por nós mesmos, não como forma de autocrítica, mas sim como forma de vislumbrarmos o que visamos ser, ou melhor dizendo: o que outros desejam que sejamos.
E o mais irônico é o fato de, de forma anacrônica e insuportavelmente dolorosa, encontrarmos, em inúmeras vezes, não a tal aceitação ansiada de forma fiel e viciosa, e sim chocarmo-nos com o orgulho alheio, que, embora espere o máximo de nós, é cego o suficiente pra aceitar quando atingimos tal ponto de superioridade, correspondendo-nos assim, de forma ignóbil e pedante.
Eis que surge então a questão... E o valor pago por ser bom? É proveitoso? Vale à pena ser aprovado?
Mais do que uma questão de interpretação, penso que seja uma questão filosófica. Adoro aceitação... Todos adoramos. Mas... o X da questão é: Abrir mão de ti, teus princípios e teus vícios ou virtudes soa como algo nobre ou frágil?
O valor pago nunca é o suficiente. Sempre hão de exaurir nossas fontes... Sempre tentarão de forma contundente retirar o nosso máximo, e, quando a nossa personalidade deformar-se e tornar-se apenas mais uma dentre tantas outras na "matriz" em que tomamos por habitat, tornarmo-nos-emos apenas mais um; Um dentre tantos outros que aceitarão pagar o impossível para ter o que não podemos ter e ser o que jamais teremos vocação. É um ciclo virtuoso; Uma prosopopéia feia, boba e chata; A porcaria que buscam demonstrar e jamais conseguiremos... E... por quê? Porque é algo implícito em nós.

(Dedicado a uma ex-grande amiga)

Por: Leoni

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Blá, blá, blá sobre perder...

Blá, blá, blá...

(Baseado em análises e mais análises... :P)


Um ótimo questionamento a se fazer ao acordar, não? Você realmente sabe perder? Sabe perder para quem??? Para você mesmo?? Parabéns...
Parabenizo por ser mais do que humano. Por atingir o nível transcedental da coisa; Tornar-se ovacionável, quase divinal.
Penso que não seja natural de qualquer ser humano adotar a postura de um bom perdedor (independentemente do que perdemos... sejamos sinceros: o ódio pela derrota nos assola). Seja uma partida de baralho, a razão em uma briga ou uma amizade outrora eterna, da forma mais sensata possível, há de se convir que tal ódio descrito é algo duradouro e impregnável.
Mas... o que nos torna maus perdedores?
Minha humilde opinião: O nosso hábito de não reconhecermos que não somos bons em tudo. Não é hipocrisia da minha parte. Assim como você, mero 'zézão' que está lendo esse texto, eu também tenho repúdio à derrota. Odeio perder até par ou ímpar. Não existe essa conversa de bom perdedor quando o assunto nos envolve diretamente... é como se algo tomasse posse de nossas ações, nossos corpos e mentes, fazendo com que nos tornemos ignorantes e insensíveis... Não consigo descrever exatamente... Me desculpe.
Porém... agora que eu sei o que me torna um péssimo perdedor.... Como eu posso mudar isso?
Resposta clara e objetiva (sem mimimi): Você não pode!
Como diria Descartes, nós nascemos com uma programação interna; Temos dentro de nós algo que, nosso malvado papai do céu implantou em nossas mentes assim que preparou a "massa do bolo". Nascemos pra ser teimosos, arrogantes e presunçosos. Nascemos pra preguiça e para a vitória. Jamais nos adaptaremos à derrota. 'No way'.
Tal qual o senso de verdade ou o senso de dor, temos o 'senso de derrota': Uma ferramenta em nossas mentes que apita assim que temos um declínio iminente e muda as nossas personalidades.
Eis que surge mais uma questão... E os que sabem perder?
Resposta mais clara ainda: Fingem saber. Não têm sabedoria alguma! Esse dom não é de porte do ser humano. É algo digno da mãe natureza. Não que ela aceite a derrota. Nunca! Acredito que ela finja perder, espere o momento certo e reaja, com mais força e resistência do que anteriormente (vide cortes de árvores ou invasão de territórios inabitáveis pelo ser humano).

E, visando uma conclusão inútil para essa lenga-lenga.

Contente-se. Você desperdiçou mais alguns minutos e eu desperdicei outros tantos da minha vida tentando explicar/entender o comportamento humano, algo indescritível, horroroso e digno dos frutos expelidos pelo meu reto... :]
(Jamais perdeu... desperdiçou... que fique claro, meu nobre colega de arrogância)


Tenha uma boa-noite!

sábado, 3 de outubro de 2009

Falando sobre...

O Tempo.

Estranhamente calculável e irremediavelmente mortal. Tempo que tanto odeio é o tempo que traz por vezes o que tanto amo. Abomino tuas conseqüências e mesmo assim insisto em tentar compreender-te. Como podes ser tão simples e complexo? Serias tu indêntico a mim?
Tempo que leva tudo o que amamos (até que sejamos levado por ele deixando quem amamos); Tempo que subjulga nossas faces, reações, reflexões e moralismo; Tempo que existe apenas para derrotar não apenas a mim, mas a todos que estamos, para nossa infelicidade absoluta.
De forma incerta nos derruba como se fossemos meras pedras de um dominó enfileirado em uma seqüência infinita, acabando com quaisquer sonhos que tenhamos de conquistar a eternidade. Ah tempo maldito.
Por que conseguimos odiar-te e amar-te? Qual é o teu segredo? Às vezes acredito que teu segredo seja a tua paradoxal forma de dominar a todos nós que acabo de citar. Talvez essa seja a magia que grandes líderes procuram e jamais hão de achar. É algo único; Pertencente ao malogrado tempo.

Tempo que tanto pedimos aos outros. Tempo que tanto pedimos a nós mesmos. Tempo que tanto pedimos ao mundo. Somos nós que precisamos dele ou o mundo que não o valoriza?
Cada ínfimo segundo ao lado de quem amamos. Cada momento sozinhos. Cada instante respirado e aproveitado de forma errônea, e, pasmem, sem culpa alguma do tempo amaldiçoado... Chega a ser cômico.
Por que insistes em bater em mim, tempo feio? Teria eu culpa da tua fúria? Ou seria eu mais um simplório objeto desta?
Prefiro acreditar que seja apenas coincidência... Não serias tão mau... Por vezes trazes bons momentos a mim (ou a qualquer outro que pense em ti)... Como tanto gosto de dizer, tudo no mundo é uma questão de percepção.
Mas... se percepção é tudo, por que não consigo mudar o que penso sobre ti?

Só o TEMPO dirá...

Por: Leoni

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

"Recado para Leoni", por Riverman

Aproveito o momento para dar um recado ao meu parceiro de blog e grande amigo pessoal Leoni. A falta de criatividade é um processo que atinge até nós, detentores do vírus do jornalismo inoculado - definição do brilhante Juca Kfouri. Consigo me lembrar, inclusive, dos nossos planos de residirmos fora, caso fôssemos aprovados na USP ou na UNESP, universidades localizadas nas cidades de São Paulo e Bauru respectivamente, quando tínhamos o intuito de seguir essa maravilhosa profissão.
Enfim, há dias que eu também produzo, produzo, produzo e produzo e só me vêm coisas vazias, sem conteúdo nenhum. São pedaços de papel marcados com palavras, porém com pouco ou, na maioria das oportunidades, nenhum sentido. Modéstia à parte, sei que se nós tivéssemos seguido a carreira jornalística, seríamos brilhantes profissionais da área - creio que eu mais por esforço do que por capacidade. Garanto que até os personagens da imprensa que sonhamos em ser um dia também têm seus dias de cão quando se deparam com uma caneta ou um teclado de computador e são obrigados a confeccionar algo.
Fico feliz com seu momento de êxito pessoal e, espero sinceramente, que ele o recontemple com a sua criatividade, por sinal, muito aguçada. Abraço.

"Assim a minha arguição enguiça", por Riverman

O nosso Português é conhecido como um dos mais difíceis idiomas indo-europeus. Com suas contrações verbais totalmente diferentes, falar a Língua Portuguesa com lisura e habilidade é um desafio e tanto. Além disso, as academias lusófonas resolveram unificar esse idioma ibérico, transformando-o num bicho de sete cabeças pra muitas pessoas - como se ele já não o fosse para esses bastantes.
O nosso famigerado acento agudo nos tritongos crescentes caiu, nos trocando a estréia pela estreia, boléia por boleia, e assim por diante - tenho quer fazer essa piada, que ouvi no Programa do Jô, contada pelo próprio apresentador da atração: "Agora a plateia perdeu o assento", com o showman das madrugadas globais se utilizando também do trocadilho entre os parônimos "acento" e "assento". Agora é a vez de eu me tornar o porta-voz do meu xodó, até então, do Português: a trema. O pingüim e o cinqüenta ficaram, pra mim, impronunciáveis com as suas novas escritas: pinguim e cinquenta. Aqueles dois pontinhos me fazem uma falta... Enfim, o mais complexo ficou por conta do hífen: antes o que era junto, como palavras que se uniam através de duas vogais iguais - microondas, por exemplo -, virou um troço feio e separado - agora é micro-ondas -, graças ao vulgo tracinho. E de encontro a isso, algumas coisas que eram separadas pelo fato de cruzarem com h,r ou s, viraram algo semelhante a arquirrival, que, na sua grafia escrita era tido com arqui-rival. A execeção fica para os radicais terminados em r, como hiper-realista, que se mantêm dessa maneira.
Chorem vestibulandos a partir de 2010. A nova regra vai tirar mais umas noites de sono de vocês. Apesar que as minhas também, já que até eu, que faço enorme questão de ler um texto bem escrito, vou enguiçar até me acostumar a ler um arguir na minha frente.

domingo, 27 de setembro de 2009

Puff...

Pessoalzinho... tô em crise de criatividade e de personalidade novamente...

Momentinho escroto de se viver e paradoxalmente vem acompanhado de um momento de êxito pessoal.

Nos últimos 5 dias eu criei aprox. 15 textos e não considerei nenhum digno de aparecer no blog (mesmo este sendo um blog que visa apenas escrever...). Assumo ser chato e seletivo.

Logo menos a síndrome de Nan se resolverá e tudo há de voltar a correr normalmente...


Desculpem o transtorno!


Por: Leoni

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Mamihlapinatapai

Mamihlapinatapai

Termo um tanto complexo. Complexo não... Complexa é a situação que o envolve. Prefiro crer que o termo seja genial.
É utilizado para descrever a situação na qual duas pessoas se complicam ao não ter coragem de fazer algo, aguardando assim que a outra pessoa tome iniciativa e o faça. Embaraçoso. Um tanto genial quem o compôs.
Fugindo da origem da palavra (oriunda da Terra do Fogo... indígenas daquelas bandas a usufruem...) ou de algo do gênero, descrevamos a situação:
Há um diálogo. Duas mentes brilhantes. Brilhantes e opostas; Mas, como bem diz a verdade, opostos se atraem. Atração um tanto moribunda; Sem sentido.
As mesmas duas mentes são de posse de opostos que estranhamente são paralelos. Constantes talvez.
Poderiam tais mentes, mesmo sendo tão opostas possuir tais pensamentos que transformassem seus pensamentos em algo unilateral?
Poderiam desejar em seu íntimo mais obscuro algo que, embora não tenham noção de se passar nos confins de alguém que se situa a tão pouca distância, possa também ser desejado por tal pessoa.
Sejamos sensatos. Não se trata de uma situação exatamente romântica, porém, levá-nos a crer em tal ato. Poucos casos equadrariam tal situação em outra situação, não?
Pois bem, pensando assim, prefiro acreditar que nos gostemos de brincar de gato e rato. Falo gostemos de uma forma geral. Incluo todos os humanos que conheço e talvez até mesmo animais que tornem-se capazes de compartilhar tal situação a qual destrincho.
Essa sensação estranhamente agradável de conquistar o que aparentemente é inconquistável e fazer com que o que há em questão se torne proveitosamente gostoso é um tanto estranha. Mais estranho ainda é o fato de esperar com que tal conquista seja de outrém para conosco.
Abordando de forma bem-humorada, penso que seja engraçado o fato de às vezes um ponto de ônibus, um barzinho, uma sala de aula ou um ambiente de trabalho poder nos proporcionar tal sensação. São ambientes ímpares a tal situação; Não foram, de forma alguma, feitos com o intuito de nos deixar atonitamente estarrafados com a situação a qual 'Mamihlapinatapai' descreve. 'Mamihlapinatapai', penso eu, é algo
mais emocionante. Mais colorido. Pode concordar comigo?
Mas, estranhamente, porém, costumeiramente, o tal 'Mamihlapinatapai' surge e... nos deixa bobos. Inertes por determinados instantes;
Esperando que algo venha e mude o que somos incapazes (por covardia) de fazer.
Assumo ser praticante assíduo do 'Mamihlapinatapai'. Conheço praticantes mais assíduos ainda. Pessoas incapazes de agir quando algo exige fibra por parte de vossas mentes.
O 'Mamihlapinatapai', como dito, não é algo de essência romântica, porém, optei por exemplificá-lo como tal. 'Mamihlapinatapai' é algo que se abate, sem sabermos, diariamente nas mesmas vidas e, porventura, nas pessoas que cercam quem o pratica. Gosto de praticá-lo.
Seja no caso de mandar alguém àquele local indevido ou em situações "bananísticas", sejamos sinceros conosco... é gostoso pra caramba!
Talvez no dia em que perdamos o tal 'Mamihlapinatapai' a vida não tenha mais graça. Seremos previsíveis. Seremos insossos. Seremos chatos. Enfim... Não seremos nós mesmos.

Por: Leoni

sábado, 12 de setembro de 2009

"Repúdio à Mediocridade Humana", por Riverman

O que leva um ser humano a ser preconceituoso? Como um cidadão, mortal e passível de erros, age de maneira excludente para com seu próximo? Como uma pessoa consegue dormir em paz com sua consciência, crendo ser melhor que um semelhante que tem as mesmas necessidades que ela? Como um imbecil consegue achar que uma certa etnia - já que raça, para mim, é um termo totalmente retrógrado e anacrônico pros nossos dias quando nos referimos às diferentes cores de pele- seja superior às outras? Como um patético ignóbil tem a coragem de pensar que sua opção sexual o torna melhor que outro indivíduo de características também humanóides, que optou apenas em gostar de pessoas que possuem o mesmo sexo que o seu?
Só consigo abordar esse texto a partir dessas perguntas. É totalmente degradante e me falta, sinceramente, vontade de pertencer à mesma raça humana de um acefalado que pronuncia tais asneiras. É revoltante quando um néscio desse, em pleno século XXI, externa seus pensamentos - se essa for mesmo a palavra mais adequada para as crenças que esse tipo de gente se esforça em nutrir como resultado de seu trabalho cerebral - e, em muitos casos, tenta agir contra cidadãos de bem que não se encaixam no que eles acreditam como "moral e decente". Me faz mal como um estudante, ainda jovem e que tenta fazer desse um mundo melhor - ou menos pior, no mínimo -, compartilhar espaços geográficos com azêmolas que proferem comentários dignos de total desprezo.
Acho que por hoje é só. Diante de tais horrores, prefiro até me pronunciar laconicamente para não sentir náuseas. O homem parece caminhar a passos largos - ao contrário dos momentos tenebrosos já vividos principalmente pela cultura ocidental - como provam as medidas liberais tomadas em várias partes do planeta, especialmente na Europa, facilitando a - já dura - vida das minorias e excluídos. Que a cabeça passe a ser utilizada como prevê a sua função natural: pensar; e que ela deixe apenas de ter intuitos estéticos como, por exemplo, a utilização de chapéus.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Programador (Por: Gordola)

Trabalhamos em horários estranhos,que nem as putas!

Nos pagam pra fazer o cliente feliz,que nem as putas!

O cliente até que às vezes paga bem, mas o chefe fica com quase tudo,que nem as putas!

Nosso trabalho sempre vai além do expediente,que nem as putas!

Somos recompensados por satisfazer as fantasias do cliente,que nem as putas!

Nossos amigos se distanciam de nós, e só andamos com outros iguais a nós,que nem as putas!

Nosso chefe tem um lindo carro,que nem as putas!

Quando vamos ao encontro do cliente, temos de estar sempre apresentáveis,que nem as putas!

Mas quando voltamos, parece que saímos do inferno,que nem as putas!

Somos pagos para fazer programa, que nem as putas!

Ser programador eh putaria danada.... =[


Por: Gordola.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

"Só no Brasil isso acontece", por Riverman

Meu orgulho de ser brasileiro se encontra nas últimas doses. Não que eu o sempre tivera em larga quantidade mas, apesar disso, algo que ainda me faz sentir orgulho de ter nascido no Brasil é a solidariedade do seu povo, que é capaz de se unir sob as piores condições possíveis e fazer frente a qualquer desafio. No mais, ser originário de terras tupiniquins é nascer num país que tem, como exemplo de expressão cultural, o Carnaval. Nâo discuto a importância dessa manifestação popular, trazida pelos portugueses pra cá ainda no nosso período colonial, mas que há uns 20 anos, ou até um pouco mais, foi transformada pelos veículos de comunicação - especialmente pela "gloriosa" Rede Globo de Televisão -, com a exibição de desfiles de escolas de samba que pouco - ou melhor, nada - têm a ver com a festividade original, em uma farra quase pornográfica, que "ajuda" estrangeiros a buscarem o país como rota principal de turismo sexual.
Enfim, o que me levou a produzir esse texto pouco lembra o Carnaval - inclusive deixarei essa crítica para uma portunidade mais plausível -, mas sim criticar o nosso Senado Federal, que deveria estar envergonhado após o arquivamento das denúncias ao parlamentar e presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). O PT que sempre esteve, segundo o próprio partido, ao lado da ética, descambou para o ridículo, com os votos dos seus três membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) terem sido fundamentais na escapada de Sarney da degola. Agora os senadores tentarão voltar à normalidade na Casa, continuando a discutir assuntos pertinentes à sociedade brasileira, apesar da marca da vergonha ter ficado impressa e a imagem do PT para sempre arranhada - na verdade, pra muita gente que ainda se iludia com os petistas, porque, pra mim, ela já estava destruída depois dos episódios do Mensalão, ocorridos no longínquo primeiro mandato do presidente Lula.
Sei que disse que repetiria sobre o Carnaval apenas numa ocasião mais oportuna, mas não resisti em fazer uma comparação com o PT: o que há alguns anos era alegria (no caso dos festejos populares a ludicidade e do partido a esperança de um país melhor, arrebentado graças ao apedeutismo minarquista implantado pelos tucanos e democratas, com a vitória nas eleições presidenciais de 2002) virou vergonha. Desculpem-me, cheguei ainda a dizer no texto que a República e o "Neocarnaval" não tinham nada a ver. Que absurdo!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Egoísmo gera exploração? Eis a questão...

Egoísmo gera exploração? Eis a questão...

Aonde poderia essa inerente usura humana nos levar? (Acredito que tenha começado algum texto com alguma frase parecida... mas... não vejo como substituí-la)
Andei analisando certos trabalhos que batiam em teclas relacionadas ao tema, e desde então, resolvi que algum dia escreveria sobre.
Muito mais do que entender os resultados colhidos com tais atos, penso que tentar compreender o que nos leva a nos explorar iguais seja algo mais pertinente. Diamantes "regados" em sangue; Vestimenta manufatura por crianças; Abundância de alimentos em minha casa enquanto, há menos de 1 km de distância há uma pessoa que não tem um pão para comer... Será que sempre foi assim? Será que já foi mais branda a situação ou o fato de fazer com que aquele tenha menos, trabalhe por mim e seja um dos fatores para que sobre para mim o que falta aos outros é algo impregnado no meu "sistema"? Talvez o meu "sistema" seja tão sujo e inescrupuloso quanto o dos meus iguais que eu critique por aqui, e mesmo assim, eu continue me sentindo um cidadão digno de aplausos... Situação hipócrita seria, não?
Mas... situemo-nos. Um garoto. Um garoto de origem pobre. Um garoto que origem pobre que tem pouco o que comer e que vê o pai abandoná-lo quando pequeno. O mesmo garoto que quando crescer há de comprar um tênis produzido por crianças no Leste Asiático e, por obra do acaso, não faz a mínima idéia disso. Um garoto que é manuseado pela mídia que o cerca; pelo ambiente em que está inserido.
Este garoto é conivente com a situação? Ele compraria a mesma porcaria de tênis caro se tivesse consciência de que alguém, em algum lugar vive em péssimas condições para fazê-lo?
Acho que sim... nós somos egoístas demais para deixar de satisfazer nossos próprios desejos em prol de qualquer Zé Mané que se intrometa e/ou se fod* por causa disso. Nossos planos vêm em frente e passando por cima de todos que se sobreponham a eles. Soa como um rolo compressor.
Mas... me diga Leoni... Aonde vai toda a misericórdia que o Papai do céu nos muniu? Esquecemos dela?
Não... A enfiamos no meio de nossas bundas gordas!
Você, por obra do acaso, lembra-se de ser misericordioso com uma vaca quando come qualquer pedaço dela? Se lembra de ser misericordioso quando compra a porcaria do tênis supracitado? Se lembra da misericórdia do teu Papai do céu quando encontra alguém em necessidades e vira o rosto para fingir não vê-lo? E com o africano que morre por causa de uma pedrinha de merd*?
Eu não lembro. Eu continuo vivendo a minha mísera vida, sendo tão explorado quanto e explorando até o saco encher. Acho que todos nós esquecemos a misericórdia em casa quando o assunto nos atinge diretamente.
Errados? Não. Recíprocos? Talvez!
O chinês que faz o tênis que eu comentei é o mesmo chinês que, se pudesse, continuaria fodend* o Rio Amarelo em troca do "desenvolvimento". Ele não estaria nem aí se eu recebo, como, durmo, peido ou qualquer coisa que faça para o tênis dele estar lindo e eu me manter saudável para fazer o próximo tênis que ele compraria. le continuaria pouco se fodend* com o africano que morreu pela pedrinha de merd*. E este, por sua vez, pouco se importaria comigo e com o chinês, tal qual também pouco se importa com o próprio vizinho.
Nós somos a grande desgraça deste mundo. Uma desgraça com nomes, RGs, plena consciência da desgraça que trazemos e pouquíssima

vontade em modificar a nossa conduta desgraçada.... Mas... por quê? Por que sermos tão egoístas? Creio que essa, por mais que eu continue com milhares de rodeios e explicações, jamais saberei responder...

:/

Por: Leoni

domingo, 23 de agosto de 2009

Congelamento inexplicavelmente inexplicável...

Congelamento inexplicavelmente inexplicável...

Mais do que transpor qualquer monção... qualquer espécie de tempestade que o imponha a ausência do direito de agir e faça com que torne-se algo inerte... atônito.
Como pode alguém impor o que pensa a outrém e este portar-se de forma afável, de certa forma conivente a tal situação?
Talvez não seja tão simples... Determinados sentimentos impõe ao ser humano (tentando analisar da forma mais fria possível... assumo!) uma postura um tanto apática. Amar talvez não seja algo tão bom quanto se pensa... Não da forma a qual será descrita. O amor, para ter conduta proveitosa, deve ser recíproco e de livre arbítrio; jamais pode se tornar algo obrigado e dado de má vontade. É um sentimento grande demais pra ser comandado por alguns gestos egoístas... (Penso eu... claro!)
Apaixonar-se é algo mais do que especial... É algo que, quando bem aproveitado, torna-se inesquecível. Fazer com que isso se torne algo maior, de expressividade indelével talvez seja um ato para poucos. Nós temos o péssimo hábito de dominar; persuadir ao ponto de fazer com que outrém, que outrora foi talvez a maior razão de nossa alegria vir a ser apenas um fantoche; vítima mais inocente ( ou não... que fique claro a imparcialidade dos fatos) da nossa gana por poder. Deplorável!
Por mais vingativo que tenha sido algum dia em minha vida, penso que também já tenha sido alguém romântico. Não portador de um romancismo clássico, exaltado com versos dóceis e olhares apaixonados; portador de uma loucura indomável em nome de outrém. Talvez um romântico brando. Um romântico moderno.
Entendo colegas que tentem seguir este caminho e, por vezes, apoio. Apenas em algumas. Perdi grande parte do romancismo dentro de mim. Me responda... Como pode alguém ser romântico com alguém que lhe desperta interesse se o próprio não consegue desenvolver uma paixão inócula por si mesmo? Mero melodramaticismo falar disso, admito. Mas é um melodramaticismo realista. Não há amor externo sem amor interno. É impossível!
E não há amor interno sem perdão... tanto quanto amor externo. Mas perdoar quem? Eis a questão... Àquela(e) que tenta dominar? Àquela(e) que fez por dominar? Àquele(a) que deixou-se dominar?
Enquanto dúvidas perduram há ausência de auto-estima.... grande pecado do ser humano (não o maior...). E enquanto ela não vem, o perdão não o acompanha... Isso torna-se um 'looping' imensurável e sem precedentes; Um 'looping' que o consome e faz com que a animação que o domina seja teletransportada para outrém que já o dominara... Engraçada a vida, não?
O mais legal de tudo é observar a isso e manter-se parado; Congelado e impossibilitado por um grande período de tomar quaisquer atitudes em teu nome ou no nome do alheio.
Viver a vida é legal... é inexplicavelmente bom! Mas... qual a graça em ver graça no que não há de ter tanto graça assim? Enganar-se às vezes é chato. Acordar é necessário...

Lembrar-se de acordar é mais necessário ainda...

:]

Não há necessidade de dedicar, né?

Por: Leoni

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A indústria da informação e todo o apedeutismo que a circula. (Talvez haja um título mais apropriado, porém, sou idiota demais pra isso)

Extraído de um outro projeto de blog que tive... chamava-se ogarotoquequeriasergrande.


Há um esforço tecnológico total, exercido nas mais variadas formas, que visa a idiotização e o domínio geral dos pensamentos e das atitudes das pessoas em geral (vale ressaltar que os indivíduos mais atingidos por tal domínio localizam-se nas camadas sociais mais baixas... defina-os como quiser).

Focalizemo-nos na ‘indústria cultural’ nacional.

Em terras tupiniquins há a cultura de informar com o que convém e divertir com o inescrupuloso. Há um protecionismo exacerbado por parte dos maiores veículos de imprensa (principalmente por parte daquela emissora carioca pela qual tenho “grande” apreço) para com o governo, encobrindo de certa forma algumas ações não muito morais adotadas pelo governo e tornando-o mais aceitável para o grande público, que por sua vez, demonstra indiferença e a demasiada controlabilidade que este exerce sobre si, pois não pratica o questionamento das ações governamentais, o porquê de encobrir tais ações e, quiçá, a não divulgação de informações de cunho verídico.

Quanto à diversão que esta nos proporciona, pode-se afirmar que os rótulos de ‘idiota’ são cabíveis aos que a usufruem. Cá entre nós, aonde há algo divertido em ver pessoas trancafiadas em uma casa, mostrando o quão vil pode ser o ser humano, expondo todas as suas fraquezas morais, e mesmo assim saindo de tal disputa (valiosa financeiramente, há de se admitir) com ‘status’ de heróis (e expondo os seus corpos em trocas de MUITOS centavos...).

Este é apenas um dos múltiplos exemplos existentes em nossa mídia televisiva. Programas que vulgarizam pessoas; satirizam coisas sem sentido e ofendem o nosso senso ético são mais do que comum, e fazem, cada vez mais, crescer o sentimento de um povo apedeuta.

Quando nos referimos à mídia impressa, o sentimento de verdade e de ser algo que traga maiores acréscimos à nossa personalidade é maior, mas, mesmo assim, considero que esteja longe de se isentar de críticas.

Publicações dominadas por propagandas e por entrevistas sem sentido, com pessoas sem qualquer conteúdo digno de atenção, repórteres que não dissertam tudo o que pensam, lucros incalculáveis sobre a nossa vontade de ler... enfim... vários pontos a se torcer o nariz.

Sinceramente, prefiro às vezes não ler ou assistir televisão. Quando o faço, é por dois motivos: Buscar informações sobre o mundo que me rodeia e assistir a um vício que, infelizmente, não consigo acompanhar pessoalmente. Tenho grande preferência pela internet como fonte de informação e de aquisição de cultura. Aprendi coisas interessantes via internet. A considero um meio de informação com poucas possibilidades de ser controlada e grande capacidade de exercício democrático. Fala-se o que pensa (desde que não ultrapasse os limites do respeito, da ética e do bom senso), lê-se o que procura (quem sabe procurar e tem interesse por determinadas informações consegue encontrá-las) e acima de tudo, sente-se uma sensação de liberdade não sentida em outros meios. Claro, há muitos pontos aonde nos chamam de idiotas ‘online’, porém, quem não tem um pequeno lado idiota dentro de si?



Por: Leoni

sábado, 8 de agosto de 2009

continuando...

Como acabei de dizer, tenho uma ideologia anárquica. Mas não consigo aceitar essa oposição existente no nosso país formada basicamente pelo DEM (ex-PFL) e pelo PSDB. Após oito anos dirigindo o Brasil e quase dezesseis (infelizes) anos governando São Paulo, os tucanos (alcunha dada aos peessedebistas) e seus fiéis escudeiros democratas nada mais fizeram além de vender os bens públicos, tanto nacionais como paulistas, a preço de banana ao investidor estrangeiro, "show" que ainda contou com a presença do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Social) no financiamento de compras que o capital estrangeiro precisou de apoio público para concretizar (redijo como exemplo a privatização do setor paulistano da antiga Eletropaulo, vendida à americana AES, que deu calote no governo federal, ao não conseguir arcar sua dívida junto ao banco).

Mas a mais vergonhosa é aquela da qual eu sinto ânsias em comentar - A Vale do Rio Doce. A empresa foi vendida (saqueada, melhor dizendo) em 1997, por míseros 3,3 bilhões de Dólares, uma pechincha perto do valor atual da Vale, que é de 196 bilhões de Dólares. Pra que eu possa sentir um pouco ainda mais de vergonha dos programas de desestatização dos anos 90, a VRD só é a segunda maior empresa mineiradora do planeta. Fora as desculpas dos minarquistas brasileiros de que o serviço oferecido à população melhoraria e os "cabides" de emprego - ou seja, o nepotismo com nome diferente - seriam extintos. Nunca se reclamou tanto, pelo menos nos PROCONs paulistas, acerca dos serviços de energia elétrica e telefonia nos últimos anos. Além do que, quantos funcionários qualificados, com anos de casa, perderam seus empregos e tiveram que se privar do escasso mercado de trabalho, graças às desculpas de que privatizar era acabar com funcionários fantasmas. Então para que acabemos com a crise no Senado devemos privatizá-lo?

Não estou aqui defendendo a situação - voltando a frisar que possuo tendências anárquicas -, que também desapontou muito os brasileiros com seu estilo de governo, que flerta com o neoliberalismo e que foi manchado com CPIs, apesar das promessas petistas de reformas sociais e de acabar com a corrupção na campanha presidencial de 2002 e que, apesar de desgastada, funcionou também na de 2006. Mas essa oposição elitista, que mutilou financeiramente o Brasil ao praticamente doar nossas estatais, deveria "pôr o rabinho entre as pernas" quando o assunto é "lutar pelo Brasil".
Depois dessa, devo sumir por uns tempos (só devo reaparecer caso aconteça alguma merda maior). Hasta la vista.

Por Riverman

"Até a falta de vergonha é pra poucos", por Riverman

Confesso que sou apolítico. Tenho orgulho da minha ideologia de Anarquia e de anular meu voto nas urnas a cada 2 anos (apesar de ter exercido essa atividade apenas 2 vezes em minha vida). Meu sonho era de que pudéssemos viver num mundo sem líderes, sem autoridade - e sem autoritarismo, principalmente -, onde todos nós, independentemente de religião, etnia, opção sexual... fôssemos habilitados a viver de maneira igual e fraterna.

Infelizmente sou obrigado a diariamente me deparar com famintos nas ruas, abuso de força e poder policial nas periferias, porque o Homem se recusa a se tornar mais racional e a compartilhar com seus semelhantes - e esse compartilhar também fazendo referência ao capital. Comecei esse texto dessa maneira mais abrangente para atingir o cerne da minha ideologia: como eu vou acreditar no homem sendo que, diariamente, me deparo com quem tem o poder nas mãos e pode mudar esse país trata o Brasil como lixo. O dinheiro dos impostos, administrado por eles, que deveria estar sendo utilizado para nos fornecer saúde, educação, segurança pública, entre outros exemplos, - realizando a justiça social ou, em termos mais sintéticos, uma certa anarquia social, pelo equilibrio da distribuição desse dinheiro - é utilizado para manter um "funcionalismo nepótico", ou seja, um não-dividir do nosso capital público e, pelo contrário, uma concentração ainda mais animalesca possível. Eu que, já sendo um cidadão comum, me sinto incomodado com a pobreza existente nesse país, como alguém que se apropria do dinheiro de terceiros e o redistribui à sua família pode não se sentir nem um pouco culpado de estar diretamente prejudicando o andamento de uma nação?

Eu não estou aqui para convencer ninguém (apenas estou disposto a compartilhar minha visão de mundo nesse blog). Mas pare e pense você, como contribuinte. Onde estão colocando o dinheiro que você trabalha tão duramente para conseguir e arcar com seus compromissos públicos? Você realmente acredita que, com essa corrupção política praticamente cultural no Brasil, alguém se envolve na política com mais boas do que más intenções? Se eu fosse você, a partir de 2010, só cravaria zeros e a tecla "Confirma" logo em seguida na urna eletrônica para não se arrepender futuramente...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

"O errado em se informar o errado", por Riverman

Na mais nova discussão do Senado acerca da renúncia do seu presidente José Sarney, um dos seus colegas, Fernando Collor de Mello, defendeu a permanência do maranhense no posto - apesar das acusações de nomeação de parentes em cargos públicos - e culpou a imprensa pela situação vivida na casa senatorial atualmente.

Quando que nossos congressistas vão deixar de culpar a imprensa pelos próprios erros? Quando vai deixar de ser praxe acusar os meios de comunicação pela corrupção vigente no país? Agora virou moda dizer que a imprensa é a pivô da má situação da política brasileira, gerada pelos nossos próprios "homens de terno". Não estou aqui dizendo que não existam jornalistas mal intencionados, que cobrem a Câmara Federal, o Congresso, enfim, toda casa legislativa, executiva ou judiciária com tendências de se prejudicar pessoas de bem ou, ao menos, não envolvidas com certos fatos. Da mesma maneira, também, nem todo político é corrupto. Existem nomes que militam nas esferas administrativas desse país com vontade de mudá-lo, de transformá-lo.

Mas creio que jornalistas mal intencionados e políticos bem intencionados são minorias absolutas nesse país, já que nem notíca mal dada e, muito menos, congressistas mais bem interessados no Brasil não seriam suficientes pra gerar a crise que adentramos...

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Seria essa a sua salvação?

Seria essa a sua salvação?

Pensar. Resmungar. Se drogar. Refletir. Seria essa a seqüência lógica para fugir de algo que o atormenta?
Chorar. Correr. Se esconder. Fingir transparecer. Talvez essa seja a real oportunidade de alguém sentir por ti algo que você mesmo é incapaz de sentir... pobre alma sofrida.
Sofrer. Reclamar. Se esquivar. Mais uma vez sofrer. Penso que esse jogo de gato e rato feito com a tua própria personalidade seja algo muito mais profundo do que um distúrbio supérfluo fruto da sociedade. Realmente acho que tua salvação está contida nos atos que teimas em não tomar... lastimável.
Exasperar. Se isolar. Em prantos mais uma vez soçobrar. Acredita mesmo que as lágrimas são capazes de realinhar os desvios de conduta a tanto desalinhados? Lágrimas só expõe fragilidade, medo ou alegria. O choro de quem sofre não consegue trazer o que há muito se foi ou o que ainda não veio. Atitudes assim só mostram a ausência de segurança nos teus atos e a inconseqüência das tuas palavras.
Acordar. Modificar. Atuar. Jamais aguardar. Não espere o que não volta e não pense no que se foi. Acorde e viva. Sinta a vida em cada movimento dos teus malogrados dedos. Sinta a vida em cada fragrância sentida, em cada sorriso, em tudo ao teu redor. Tenha agora a felicidade que pensa ter perdido para todo o sempre. Conte comigo por todo o sempre!

Texto dedicado a alguém. Não preciso dizer quem é VOCÊ.

Por: Leoni

quinta-feira, 30 de julho de 2009

O verdadeiro jornalista, por Riverman

Nesta última terça-feira, estava sem sono e com poucas opções de entretenimento. Resolvi fazer algo que há muito não fazia: assistir o famigerado Programa do Jô. De repente, quando se inicia o segundo bloco, o entrevistado é Juca Kfouri. Ao acompanhar a entrevista, além de ficar com vontade de ler seu novo livro (Por Que Não Desisto: Futebol, Dinheiro e Política), ganhei ainda mais admiração pelo jornalista Juca (a mesma que sinto desde a adolescência, ao ler seus textos principalmente em Lance! e assistir seus comentários na ESPN, passando ainda pelo curto período em que cursei faculdade de Jornalismo, até os dias de hoje).
Suas palavras, dentro da crônica esportiva brasileira, estão entre as principais. Suas críticas aos cartolas brasileiros que fazem do esporte-símbolo nacional uma piada, que preferem negociar atletas de excelente qualidade para países como Emirados Árabes, Qatar, Coréia do Sul, Japão...(nada tenho contra esses países, só que estes além da pouquíssima tradição no futebol, possuem apenas altíssimas quantias de dinheiro para movimentar o mercado da bola) em troca de verdadeiras misérias (valores que muitas vezes não atingem a casa dos US$5 milhões, quando entre times europes negociações de jogadores do mesmo porte podem atingir US$ 20, 25 milhões) são as mais racionais possíveis. Confesso que também há muito não acompanho, devido à minha vida universitária, o programa "Juca Entrevista", na ESPN (não estou nem habilitado a informar os horários do programa) que, além de sua qualidade jornalística - ao menos nos períodos ao qual eu pude acompanhá-lo- , quase sempre traz convidados que debatem e expõem as deficiências políticas não só do nosso futebol e sim do nosso esporte, debatendo o assunto sem nenhum "rabo preso".
Parabéns a Juca Kfouri, que seu livro se torne sucesso e que ele siga o sendo o grande cronista que é, apesar da sua predileção futebolística, infelizmente, ao Sport Club Corinthians Paulista.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Desabafo de um preguiçoso

(Risos e mais risos...)

Situação embaraçosa a minha... não ter inspiração pra escrever... olha que dramático!
Assumo, faz tempo que não escrevo para o "cachorro"... isso me irrita! Não ter inspiração em tempos tão produtivos é, no mínimo, ridículo.
Refletindo em um ônibus sobre o supracitado, eis que veio a idéia: "E por que não escrever sobre não saber o que escrever?!?! Algo novo! Soará como um desabafo..."
Engraçado, não? Situe-se. Você ama escrever. Ama ler. Tem um projeto de blog cujo intuito único é o de: escrever! Por que um dia iria ter esse problema para escrever?
É como ser um ator pornô que brocha ao ver uma atriz boazuda. É insensato! É escroto!
A pouco escrevi um roteiro pra um amigo... Sabe? Projeto de curtas-metragem, 18 minutos de filme... Fááácil, não?
NÃO! É de aterrorizar! Penso que jamais encontre algo que me deixe com os cabelos mais ouriçados... mas... enfim... criei um roteiro.
História melodramática, incomum, incompatível com o meu ser.
História que expunha as dificuldades em se criar um roteiro para curta quando não se tem criatividade. Contava sobre alguém que não conseguia pensar pelo excesso de pensamentos paralelos. Algo meio louco... A personagem conversa só o filme inteiro. Não há um outro alguém. (Somente de uma forma abstrata...) O desfecho era sensacional... só vendo pra sentir tanto ódio como eu senti!
Enquanto isso, no "cachorrão"... NADA!
Talvez isso seja produto da preguiça anormal que porto... sou um preguiçoso de marca maior! Às vezes assumo ter preguiça de existir... Tenso, concorda?
E tal preguiça faz com que reflita... Queria eu ter metade da genialidade de alguns mestres das palavras. Queria eu ser um terço do que eles transparecem não ser.
Queria apenas em um sonho experimentar saber brincar com palavras e pronunciá-las ou transcrevê-las da mesma forma que brinco ao cutucar um amigo ou apelidar minha irmã... algo natural, entende? E talvez, logo após vangloriar-me com tal prazer, acordar pensando estar sendo esmurrado por um destes ícones que tão poucos ousam idolatrar...

Abraços!


Por: Leoni

quarta-feira, 22 de julho de 2009

"O showbiss eleitoral brasileiro", por Riverman

A política brasileira vive o caos. Crises que afetam o Senado (no momento, o senador José Sarney em especial), a Câmara (que passa por um momento "tranquilo") e as várias
esferas administrativas, não só federais, mas também estaduais e municipais. Apesar de acompanhar diariamente a "saga" de nossos representantes nos meios de comunicação,
o povo parece que não se cansa em confundir espetáculo com política. Além de já ter eleito Frank Aguiar, o "Cãozinho dos Teclados" e Eurico Miranda, ex-presidente do Vasco da Gama, entre outros,a mais nova cara das eleições do próximo ano parece ser Renata Frisson, a popular "Mulher Melão" , que deve se candidatar a Deputada Estadual
no Rio de Janeiro. Segundo a própria dançarina, ela já se sente pré-candidata às próximas eleições e negocia com partidos sua saída eleitoral.Não estou aqui discutindo
qual a origem dos pleiteadores de vagas públicas - desde que estes tenham boas ideias e projetos para o país, podem ser de engraxates a empresários - afinal, vivemos em uma democracia.
O que quero discutir é que, parece que para o povo, quanto mais corrupção existe no país, mais se coloca nomes do popularesco nas Assembléias ou no Congresso, independentemente das mudanças que
estes querem estabelecer na sua esfera de atuação pública. Só gostaria de saber o seguinte: Quantos projetos de lei importantes para o país elaborou Frank Aguiar? E Eurico
Miranda, que também acabou acusado de evasão de divisas durante seu mandato? Só espero que, se a Mulher Melão vencer as eleições e conseguir uma vaga na Assembleia Legislativa fluminense, seja através de propostas (que futuramente se concretizem) e não apenas como resultado de sua imagem pública.

Por: Riverman

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A discrepância ignorada pelo esporte

Pelé, Garrincha, Beckenbauer, Kaká, Cristiano Ronaldo, Zidane... todos já os conhecem como sinônimos de craques, de grandes jogadores que fizeram história tanto em seus clubes, quanto em suas seleções. Mas o que difere esses seres humanos especiais no talento de jogar bola entre si? Apenas o tempo e a mudança do significado da expressão "jogar futebol", agregada à contagem cronológica. Na década de 60 e 70, a importância dada à camisa de uma agremiação ou de um clube era maior que qualquer transação ou negociação existente no esporte bretão. As cifras envolvidas eram bem menores e a torcida possuía uma maior identificação comseus craques, caso principalmente assistido nos países tradicionais no esporte de Terceiro Mundo, como Brasil e Argentina.
Já na década de 80, junto a uma abertura econômica mais intensa no mercado de ações, que fomentou o liberalismo, fase que iniciou o "boom" no consumismo, o futebol não podia ficar de fora. Equipes européias, num primeiro instante italianas, passaram a se rechear de craques sul-americanos, transformando equipes numa verdadeira ONU esportiva, visando lucros com a venda de camisas e lotação de estádio na apresentação das novas contratações (os títulos de outrora, passaram a ter importância secundária). já nos anos 90, a tendência foi se agravando, explodindo no início do século XXI, com 9 das 10 maiores contratações da História realizadas entre 2000 e 2004. Até jogadores de qualidade duvidosa,como o zagueiro Samuel, foram negociaods a preços absurdos - o jogador argentino deixou a Roma e se transferiu para o Real Madri em torca da bagatela de 20 milhões de Euros, em 2004. Apesar de uma pequena desinflacionada de 2004 pra cá,as negociações de Kaká e Cristiano Ronaldo neste ano ( que somadas quase atingem a cifra de 150 milhões de libras), colocaram o risco de assitirmos novamente o absurdo inchaço financeiro que abalou o futebol.
Porque para termos futebol não precisamosde milhões, isso explica toda pelada em todo santo Domingo...
Agora, no que tange às cifras que circulam o milionário mundo do futebol, o que pode-se concluir?Há de se concluir, com uma sinceridade jamais vista, que é um mundo que movimenta milhões de forma supérflua.
Há alguma necessidade em um jogador, por mais talentoso que este seja, receber remuneração mensal de aproximadamente 800 mil euros por mês? Usando o câmbio monetário, no dia de hoje, isso seria aproximadamente 2.184.000,00 reais por mês... Pouco, não?
Acompanhe o raciocínio e veja se não é algo extremamente díspar à atual situação mundial.
Com cifras equivalentes às supracitadas, calculando-se que se gaste R$ 4,00 em uma refeição com qualidade inquestionável e um valor nutricional aceitável, chegasse a um valor (estimado, claro) de 546 mil refeições em um mês... Isso alimentaria uma cidade de aprox. 15 mil habitantes por um mês... Some agora os outros jogadores (e seus respectivos salários) do plantel do Real Madrid... Creio, mesmo sem números exatos, que se poderia, somente com o valor dos seus salários, alimentar uma cidade de aprox. 100 mil habitantes por um mês (sem contabilizar empregos gerados e algumas melhorias que vêm em conjunto... ). Demais, não???
Apenas estamos lindando com os salários, se citarmos patrocínios, receitas com ingressos, dentre outros, penso que seria o Real Madrid, "modesto" clube europeu, capaz de ajudar muitas pessoas às quais os espanhóis, tão gananciosos quanto quaisquer outros seres humanos, ajudaram a empobrecer, discriminar e ignorar.
Quanto a ignorância deles para com africanos e latino-americanos, vale-se ressaltar que toda a repúdia e todo o asco ao qual espanhóis (dentre outros europeus) dispõe aos mesmos, é rechaçada quando o assunto é esportivo (ilustramos apenas o futebol, exemplo mais claro do tema). Kaká, brasileiro por natureza, seria bem recebido em Madri se fosse à cidade com o intuito de ser faxineiro ou pedreiro? Penso que não...

Há de se convir que os seres humanos ditos civilizados ainda têm uma necessidade extrema em ter conhecimento das bandeiras levantadas pelos próprios (não generalizando... jamais!). Igualdade, Resposabilidade e Direitos humanos... Poderia algum de nós ensinar isso aos dirigentes madrilenhos?