segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Machismo... masculino só na impressão, por Riverman

As mulheres passaram o final do século XIX e grande parte do século XX lutando pela igualdade entre os sexos. Queimaram sutiãs em praças públicas, organizaram passeatas, tudo isso visando a uma melhora de suas condições, de meras donas de casa, ou trabalhadoras mal remuneradas, para uma vida profissional sem barreiras, sem limites ao alcance do sucesso.

Não discordo disso, e muito pelo contrário: todos devem, sim, só de acordo com suas capacidades, independetemente de etnia, de credo e de ser macho ou fêmea, ter direito a lutar pelos seus sonhos e seus anseios.

Entretanto, brigar parcialmente por direitos é, para mim, uma covardia. Ou seja, na hora de batalhar por aquilo que lhas convinha as mulheres não impuseram barreiras. Mas na hora de assumir os pontos negativos dessas conquistas elas pularam do barco e, em pleno século XXI, em uma sociedade pós-moderna, onde os tabus do racionalismo quase caíram de quatro a uma sociedade sem ideologias e sem uma luz a seguir, elas continuam agindo como agiam antes dos motins femininos dos últimos dois séculos.

Por que a obrigação de flertar e de tomar a iniciativa quando se trata de interesses carnais tem de partir do homem? Por que o homem tem que continuar se humilhando – podem dizer que o termo é pesado, mas em algumas situações é quase perto disso o que acontece – para que um possível relacionamento sexual ocorra algumas horas, ou alguns minutos, depois?

Em uma população predominantemente feminina, números do IBGE apontam 5, 1 milhões de mulheres mais do que o número de pessoas do sexo masculino na população do Brasil, o artigo de luxo num envolvimento heterossexual, por incrível que pareça, é aquele que possui o pênis ou, melhor dizendo, o homem.

Além do mais, e fazendo uso de uma linguagem coloquial ao extremo, temos de estar de acordo com o que diz o blogger Felipe Neto em um dos vídeos do seu famoso canal do Youtube, o Não Faz Sentido: “mulher também se masturba”.

Caros companheiros de cueca, nos demos um pouco mais de valor, seja por questões de contradição no discurso feminino – igualdade em termos -, seja por questões estatísticas – é provado que somos mais raros que as fêmeas humanas em nosso país ou, até mesmo, por questões de prazer – seguindo o raciocínio do já citado Neto, elas também “têm orgasmos”.

Por isso, tiremos essa obrigação de nos sentirmos responsáveis em flertar, imposta por essa sociedade que colocou na cabeça das mulheres que elas devem “se valorizar”, e comecemos a pensar em nós mesmos. Quem sabe o quão não faria bem para nossa auto-estima se começássemos a ser cortejados na rua?

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