sábado, 8 de agosto de 2009

"Até a falta de vergonha é pra poucos", por Riverman

Confesso que sou apolítico. Tenho orgulho da minha ideologia de Anarquia e de anular meu voto nas urnas a cada 2 anos (apesar de ter exercido essa atividade apenas 2 vezes em minha vida). Meu sonho era de que pudéssemos viver num mundo sem líderes, sem autoridade - e sem autoritarismo, principalmente -, onde todos nós, independentemente de religião, etnia, opção sexual... fôssemos habilitados a viver de maneira igual e fraterna.

Infelizmente sou obrigado a diariamente me deparar com famintos nas ruas, abuso de força e poder policial nas periferias, porque o Homem se recusa a se tornar mais racional e a compartilhar com seus semelhantes - e esse compartilhar também fazendo referência ao capital. Comecei esse texto dessa maneira mais abrangente para atingir o cerne da minha ideologia: como eu vou acreditar no homem sendo que, diariamente, me deparo com quem tem o poder nas mãos e pode mudar esse país trata o Brasil como lixo. O dinheiro dos impostos, administrado por eles, que deveria estar sendo utilizado para nos fornecer saúde, educação, segurança pública, entre outros exemplos, - realizando a justiça social ou, em termos mais sintéticos, uma certa anarquia social, pelo equilibrio da distribuição desse dinheiro - é utilizado para manter um "funcionalismo nepótico", ou seja, um não-dividir do nosso capital público e, pelo contrário, uma concentração ainda mais animalesca possível. Eu que, já sendo um cidadão comum, me sinto incomodado com a pobreza existente nesse país, como alguém que se apropria do dinheiro de terceiros e o redistribui à sua família pode não se sentir nem um pouco culpado de estar diretamente prejudicando o andamento de uma nação?

Eu não estou aqui para convencer ninguém (apenas estou disposto a compartilhar minha visão de mundo nesse blog). Mas pare e pense você, como contribuinte. Onde estão colocando o dinheiro que você trabalha tão duramente para conseguir e arcar com seus compromissos públicos? Você realmente acredita que, com essa corrupção política praticamente cultural no Brasil, alguém se envolve na política com mais boas do que más intenções? Se eu fosse você, a partir de 2010, só cravaria zeros e a tecla "Confirma" logo em seguida na urna eletrônica para não se arrepender futuramente...

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