sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Egoísmo gera exploração? Eis a questão...

Egoísmo gera exploração? Eis a questão...

Aonde poderia essa inerente usura humana nos levar? (Acredito que tenha começado algum texto com alguma frase parecida... mas... não vejo como substituí-la)
Andei analisando certos trabalhos que batiam em teclas relacionadas ao tema, e desde então, resolvi que algum dia escreveria sobre.
Muito mais do que entender os resultados colhidos com tais atos, penso que tentar compreender o que nos leva a nos explorar iguais seja algo mais pertinente. Diamantes "regados" em sangue; Vestimenta manufatura por crianças; Abundância de alimentos em minha casa enquanto, há menos de 1 km de distância há uma pessoa que não tem um pão para comer... Será que sempre foi assim? Será que já foi mais branda a situação ou o fato de fazer com que aquele tenha menos, trabalhe por mim e seja um dos fatores para que sobre para mim o que falta aos outros é algo impregnado no meu "sistema"? Talvez o meu "sistema" seja tão sujo e inescrupuloso quanto o dos meus iguais que eu critique por aqui, e mesmo assim, eu continue me sentindo um cidadão digno de aplausos... Situação hipócrita seria, não?
Mas... situemo-nos. Um garoto. Um garoto de origem pobre. Um garoto que origem pobre que tem pouco o que comer e que vê o pai abandoná-lo quando pequeno. O mesmo garoto que quando crescer há de comprar um tênis produzido por crianças no Leste Asiático e, por obra do acaso, não faz a mínima idéia disso. Um garoto que é manuseado pela mídia que o cerca; pelo ambiente em que está inserido.
Este garoto é conivente com a situação? Ele compraria a mesma porcaria de tênis caro se tivesse consciência de que alguém, em algum lugar vive em péssimas condições para fazê-lo?
Acho que sim... nós somos egoístas demais para deixar de satisfazer nossos próprios desejos em prol de qualquer Zé Mané que se intrometa e/ou se fod* por causa disso. Nossos planos vêm em frente e passando por cima de todos que se sobreponham a eles. Soa como um rolo compressor.
Mas... me diga Leoni... Aonde vai toda a misericórdia que o Papai do céu nos muniu? Esquecemos dela?
Não... A enfiamos no meio de nossas bundas gordas!
Você, por obra do acaso, lembra-se de ser misericordioso com uma vaca quando come qualquer pedaço dela? Se lembra de ser misericordioso quando compra a porcaria do tênis supracitado? Se lembra da misericórdia do teu Papai do céu quando encontra alguém em necessidades e vira o rosto para fingir não vê-lo? E com o africano que morre por causa de uma pedrinha de merd*?
Eu não lembro. Eu continuo vivendo a minha mísera vida, sendo tão explorado quanto e explorando até o saco encher. Acho que todos nós esquecemos a misericórdia em casa quando o assunto nos atinge diretamente.
Errados? Não. Recíprocos? Talvez!
O chinês que faz o tênis que eu comentei é o mesmo chinês que, se pudesse, continuaria fodend* o Rio Amarelo em troca do "desenvolvimento". Ele não estaria nem aí se eu recebo, como, durmo, peido ou qualquer coisa que faça para o tênis dele estar lindo e eu me manter saudável para fazer o próximo tênis que ele compraria. le continuaria pouco se fodend* com o africano que morreu pela pedrinha de merd*. E este, por sua vez, pouco se importaria comigo e com o chinês, tal qual também pouco se importa com o próprio vizinho.
Nós somos a grande desgraça deste mundo. Uma desgraça com nomes, RGs, plena consciência da desgraça que trazemos e pouquíssima

vontade em modificar a nossa conduta desgraçada.... Mas... por quê? Por que sermos tão egoístas? Creio que essa, por mais que eu continue com milhares de rodeios e explicações, jamais saberei responder...

:/

Por: Leoni

Um comentário:

  1. Caralho, o pessoal desse blog é violento, velho... os caras são fodas... falou e disse

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